Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Perez, Silvana Chatagnier Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-13092017-162858/
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Resumo: |
A presente dissertação é resultado da pesquisa que teve como objetivo principal investigar as representações de professores do Ensino Fundamental I, tanto da rede privada quanto da pública, sobre Dislexia e como estas representações norteiam suas práticas. Buscamos saber, além do que significa a Dislexia para os cinquenta professores que fizeram parte da pesquisa, como percebem a importância do diagnóstico e o que realizam em sua prática para satisfazer as necessidades dos alunos disléxicos; além disso, identificou-se qual o número de alunos com diagnóstico de Dislexia e com dificuldades, mas sem o diagnóstico. Foram consultados documentos legais que se referem de alguma forma ao processo de aprendizagem da criança ou do adolescente e aos direitos e inclusão daqueles que apresentam quaisquer distúrbios ou dificuldades. Além disso, a pesquisa contou com o preenchimento de questionários por parte de cinquenta professores atuantes em salas de aula do Ensino Fundamental I de escolas públicas e privadas, sendo uma pública e três privadas localizadas na capital do Estado de São Paulo e na Grande São Paulo. Não consistiu objetivo do trabalho a comparação das instituições ou redes, mas sim reunir um número significativo de professores que atuam nos primeiros anos do Ensino Fundamental I. A pesquisa se restringiu a professores atuantes em tal momento da Educação Básica, pois estes são os que lecionam para alunos durante o processo de alfabetização, momento esse em que as dificuldades na aquisição da leitura são notadas de modo mais acentuado. Participaram da pesquisa professores com diferentes tempos de formação e atuação em sala de aula e com formação também diversa, alguns com pós-graduação e outros com graduação. A pesquisa teve cunho qualitativo, sendo os dados sistematizados e analisados com base no seguinte referencial teórico: Perrenoud (2001), com a discussão do conceito indiferença; os estudos de Tardif (2012) sobre os saberes docentes, tema essencial para uma análise das representações dos professores, assim como Chartier (1999, 2002) com o conceito de representação. Para conceituar Dislexia nos valemos das contribuições de autores como Simone Capellini (2009; 2011; 2013) e Jaime Zorzi (1998; 2009) que tratam do conceito no âmbito da fonoaudiologia; Saul Cypel (1993) e Sylvia Ciasca (2006), assim como Sally Shaywitz (2006) e Françiose Estienne (2001) foram referências para conceituar o termo além de Susan e William Stainback (1999). O estudo revelou que os professores investigados possuem representações variadas sobre a Dislexia, estando algumas mais próximas e outras menos das referências teóricas e documentos legais tomados como base. A pesquisa mostrou os percalços ou a preocupação em agir de forma que seja justa e adequada perante a dificuldade apresentada por alunos disléxicos. Muitos professores sinalizaram adaptações a serem realizadas ao possuírem alunos com Dislexia, mas estas foram bastante diversas e demonstraram certa insegurança ou incerteza em ser assertivo na adaptação utilizada. |