Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Souza, Rafael de Abreu e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-24032010-170351/
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Resumo: |
O ano era 1912, e um imigrante italiano e um grupo de irmãos provindos da aristocracia fazendeira encontraram-se nos escritórios sobre o famoso Café Guarany, no pulsante coração comercial da cidade, o Triângulo, para combinarem os trâmites à fundação da primeira fábrica de louças em faiança fina do país, em moldes industriais, produção em série e larga escala, no, então, rural bairro da Lapa. Assim teve início a história da Fábrica de Louças Santa Catharina, posteriormente Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM) - São Paulo, que abarrotou a cidade de São Paulo com toneladas de louças brancas ou decoradas feitas em seus inúmeros fornos. Fundada no fulcro dos projetos de modernização para a Paulicéia tão desvairada, fábrica e louças dialogaram com as conjunturas das quais eram agência e estrutura. Formas e motivos espalharam-se pelos diversos consumidores da cidade, desbancando, muitas vezes, o monopólio da louça branca estrangeira, da qual se diferenciou produzindo-se segundo lógicas e tecnologias locais. Esta pesquisa baseia-se na análise do sítio arqueológico Petybon, no bairro da Lapa, cidade de São Paulo, região da Água Branca/Vila Romana, escavado no ano de 2003, que revelou ter sido o local de uma antiga fábrica de louças em faiança fina, inaugurada em 1913, fundada meio à maciça imigração italiana e o financiamento das indústrias pelo capital do café. Funcionou até 1937, já pertencente aos Matarazzo que a adquiriram em 1927. O local tem extrema relevância não apenas no contexto da Arqueologia Urbana no Brasil, como também enquanto exemplar dos primórdios da industrialização do país e da história da produção da louça nacional, parcamente tratada pela literatura, pouco valorizada e identificada, apesar de sua freqüência nos sítios arqueológicos do século XX. |