A tradição na produção de louças de mesa na região de Campo Largo, a Capital da Louça, no Paraná: investigação histórica das décadas de 1920 a 1960

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Leticia de Sá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-01112018-174624/
Resumo: Em Campo Largo existe uma concentração de fábricas para a produção de louças de mesa branca de uso doméstico e por conta disso, em dezembro de 2010, a Lei no. 16.773, declarou \"O Município de Campo Largo como Capital da Louça, Porcelana de Mesa e da Cerâmica do Estado do Paraná\", tal evento pareceu confirmar um processo de formalização e de uma ritualização, que carrega do passado práticas desenvolvidas por meio de uma tradição. Para realizar o estudo que envolveu a história da produção de louças nesse município, uma questão central norteadora foi formulada buscando responder ao que se pode depreender do design de louças de mesa branca de uso doméstico, produzidas em Campo Largo, nas décadas de 1920 a 1960? Para responder à essa questão um estudo voltado para o paradigma qualitativo, na modalidade histórica, foi aplicado e como métodos de coletas de informações, entrevistas individuais e semiestruturadas, além delas, também foram feitas consultas a acervos particulares, de museus, memoriais, documentos históricos e consultas a dados da hemeroteca. As informações geradas pela coleta dos dados foram interpretadas e depois disso, divididas em categorias temáticas, utilizadas para responder a 4 questões que derivaram da questão central. A reconstituição realizada a partir dos dados encontrados de fábricas que existiram no início do século XX possibilitaram a geração de um documento que resgatou um passado, resultado da formação de uma rede de máquinas e equipamentos, associadas a assentamentos humanos que formaram um parque industrial que impactou no design da louça de mesa branca e também foi impactado por ela. Identificar oficialmente a cidade como sendo a Capital da Louça é indício de que um produto pode ser reflexo da sua história cultural, política e econômica além de ter, também, influenciado a construção de valores e hábitos nesse território.