Tradição e anti-tradição em Lucio Costa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Benoit, Alexandre Hector
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-31032021-120804/
Resumo: Base do esquema teórico de Lucio Costa, a ideia de tradição pode ser vista como fo que o guia através da modernidade brasileira entre 1930 e 1960. Nesse período, quando a cultura no país é tomada por uma \"vontade construtiva geral\", vive-se entre a acelerada renovação e o apagamento permanente de tudo que fca para trás. \"Tradição\" é a resposta de Lucio Costa a este dilema, em três momentos diferentes. Primeiro, como o elo que vence o isolamento e o atraso, que se enlaça no desígnio corbuseano de uma América \"dos latinos\", na herança mais remota dos construtores ultramarinos, na presença irredutível dos jesuítas e na evolução do saber-fazer colonial. Depois, reescrita, absorvendo o choque inevitável com o caráter espetacular da obra de Niemeyer e a consequente necessidade de incorporar a fgura do gênio nacional - desdobramento que é paradoxalmente acompanhado de sua mais profunda imersão no passado dos construtores artesãos por meio das viagens às aldeias e vilas portuguesas. Por fm, como terceiro momento, com o concurso para Brasília (1956), eis que se vê lançado novamente ao centro dos acontecimentos, ocasião em que apresenta, ao nosso ver, uma terceira tradição, ou, como chamamos aqui, antitradição, dadas as peculiares características que movem seu raciocínio sobre a imagem que deve ter a capital do país e os dilemas de formação que insistem em assombrar a modernidade nesta parte do mundo.