Avaliação da aplicação do ultrassom terapêutico em tendinites de equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Reis, Ana Guiomar Matos Santiago
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-15072009-113125/
Resumo: Os equinos atletas, especialmente os cavalos de corrida, são frequentemente acometidos por lesões do sistema locomotor. A tendinite é uma enfermidade frequente, sendo o flexor digital superficial (TFDS) o mais acometido. Muitos dos métodos de tratamento para lesões de tendão são utilizados, mas poucos proporcionam cura eficiente e duradoura. Este trabalho tem por finalidade investigar o efeito do ultrassom terapêutico (UST) no processo de cicatrização do TFDS em equinos. Para tanto foram utilizados 20 equinos da raça Puro Sangue Inglês, com idade variando entre dois e nove anos, machos e fêmeas, distribuídos em três grupos (G1, G2 e G3). O G1 foi formado por oito animais, sendo que os TFDS de seus membros torácicos não foram infiltrados com colagenase e nem expostos ao UST. O G2 e o G3 foram compostos por seis animais cada. A indução da lesão foi realizada no terço médio do TFDS com 1ml da solução de colagenase (2,5mg/ml), em todos os membros torácicos dos animais do G2 e do G3. A cicatrização dos tendões foi acompanhada pelos exames clínicos e ultrassonográficos. Aleatoriamente, apenas um membro torácico de cada cavalo do G2 e do G3 foi tratado com UST, modo pulsado (ciclo de trabalho 20%), frequência de 1 MHz e intensidade 0,5 W/cm2 (SATA spatial average temporal average), por 5 minutos. Foram colhidas amostras de tecido tendíneo lesado no 15° dia após o início do tratamento (T15) no G2 para determinar a expressão das proteínas IGF-1, TGF-&beta;1 e PCNA por imunoistoquimica; no 60° dia após o início do tratamento (T60) no G3 para detectar e mensurar a variação da organização dos feixes de colágenos por análise da birrefringência. Não foram observadas diferenças clínicas entre os membros tratados e não tratados dos grupos G2 e G3. Por meio da avaliação ultrassonográfica observou-se que o tamanho e ecogenicidade do tendão, tamanho e ecogenicidade da lesão, alinhamento longitudinal das fibras dos membros tratados do G3 não diferiram de tendões normais (G1) (P>0,05). Não houve diferença estatística entre os grupos para a expressão de PCNA. Entretanto, os membros tratados do G2 apresentaram maior expressão do TGF-&beta;1, enquanto os membros não tratados apresentaram maior expressão para o IGF-1 (P<0,05). Os resultados da birrefringência mostraram diferença estatística significativa entre o G1 e os membros não tratados do G3 e, entre os membros tratados e não tratados do G3 (P<0,001). A análise dos resultados sugere que o tempo de tratamento com UST não foi suficiente no G2 para promover regeneração do tendão, mas alterou a expressão de IGF-1 e TGF-&beta;1, indicando aceleração do processo cicatricial. Já a irradiação do UST no G3 promoveu reorganização, agregação das fibras de colágeno e regeneração do tendão. Conclui-se que, este protocolo de tratamento de UST é eficaz tanto para acelerar o processo de cicatrização do tendão, como para melhorar a organização de suas fibras de colágeno.