Avaliação da fermentação in vitro de fibras alimentares modificadas de mamão papaia (Carica papaya L.) e produção de ácidos graxos de cadeia curta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Moreira, Débora Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-08032024-160842/
Resumo: O estudo da microbiota intestinal vem se destacando por se relacionar com a saúde humana. Uma dieta inadequada resulta em uma microbiota desequilibrada, resultando em risco elevado de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, obesidade e doença inflamatória intestinal. A dieta tem o potencial para modular a composição da microbiota intestinal e torná-la mais eficiente na possível mitigação de determinadas doenças. Assim, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento fermentativo in vitro de fibras alimentares nativas e modificadas da polpa de mamões verdes e maduros utilizando um pool de fezes humanas. Os resultados obtidos indicam uma fermentação in vitro eficiente das fibras de mamão e das amostras de pectina de maçã e lactulose. Observou-se que dentre as amostras, a de lactulose demonstrou a o pH mais ácido e maior produção de gás. As fibras de mamão (modificadas e não modificadas) produziram em maior quantidade os ácidos: Ácido acético, Ácido Propiônico e Ácido Butírico. Diferentes AGCC podem ter sido utilizados durante a fermentação. A produção de pressão das fibras de mamão foi verificada somente em 16 horas, diferente das amostras controles de apenas inóculo, lactulose e pectina de maçã, sendo um indício de que as pectinas de mamões verdes e maduros (modificadas e não modificadas) retardou a fermentação colônica in vitro. Os resultados demonstraram que a fermentação ocorreu bem de acordo com os dados obtidos. Os dados mostram que não houve prejuízo na formação dos AGCC mais importantes e a modificação térmica de fibras da polpa de mamões pode contribuir para a criação de novos suplementos alimentares produtores de AGCC. Entretanto, a manutenção da abundância de Lactobacilos e Bifidobactérias pode ser um problema quanto a especificação das fibras exercerem atividade prebiótica.