Determinação de aflatoxina M1 e ácido ciclopiazônico em leites de consumo comercializados no Município de São Paulo-SP, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Rosmaninho, Josué Fontes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-24042023-095356/
Resumo: A co-ocorrência de aflatoxina M1 (AFM1) e ácido ciclopiazônico (CPA) foi pesquisada em 40 amostras de leite de consumo comercializados no município de São Paulo e, complementarmente, foi estimado o grau de exposição da população, através do cálculo da ingestão diária das toxinas, a partir dos resultados das amostras positivas e do consumo médio dos diversos tipos de leite. Para isto, foram utilizadas amostras de tipos de leites A, B, C e Longa Vida, pertencentes a 2 marcas diferentes, encontradas em lojas de hipermercados e padarias do Município de São Paulo. A unidade amostrai foi constituída por 1 embalagem original fechada de 1 L, sendo que cada amostra foi proveniente de um lote de fabricação. A colheita das amostras foi realizada no período de janeiro a maio de 2002. A determinação da AFM1 foi efetuada através da técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), usando coluna de imunoafinidade como técnica de purificação. A pesquisa do CP A foi realizada através do método de extração com solventes polares, purificação por passagem em coluna de sílica gel e quantificação por cromatografia em camada delgada (CCD). Os métodos utilizados nas pesquisas de AFM1 e CPA foram avaliados através da execução de análises repetidas, em amostras de leite experimentalmente contaminadas, com ambas toxinas. Os resultados revelaram 23 amostras (57,5%) positivas para AFM1, em níveis que variaram de 10,6 a 121,2 ng/L de leite. Os níveis médios de AFM1 nos leites tipos A, B, C e Longa Vida foram de 5,9; 26,6; 19,8 e 22,2 ng/L, respectivamente. Não foi observada amostra positiva para CPA, tendo como limite de quantificação 3 μg de CPA/L de leite. Adotando-se o consumo diário de leite de 720 ml, para crianças de 4 meses de idade e utilizando o peso médio de 7 Kg, estimou-se a ingestão diária média de AFM1 de 0,18; 1,64; 1,22 e 1,82 ng de AFM1/ Kg de peso corpóreo/ dia, para os leites tipos A, B, C e Longa Vida, respectivamente. Discute-se a importância destes dados para a Saúde Pública e o estabelecimento de limites de tolerância para a AFM1 em leite e derivados.