Ventilação não invasiva pós extubação na prática clínica de um hospital terciário: um estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Figueirôa, Maise Cala
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-02082011-141513/
Resumo: INTRODUÇÃO: A insuficiência respiratória pós-extubação é um evento comum após a descontinuação da ventilação mecânica, sendo a reintubação necessária em cerca de 10% (4-24%) dos casos. A ventilação não invasiva (VNI) tem sido considerada como uma terapia promissora para evitar a reintubação, sendo aplicada como um adjunto para extubação precoce, de forma preventiva ou em pacientes que desenvolveram insuficiência respiratória pós extubação. OBJETIVO: Comparar as características clínicas e os desfechos da população de estudo, de acordo com as três formas de aplicação da VNI no período pós extubação. MÉTODOS: Estudo observacional prospectivo em 11 Unidades de Terapia Intensiva por um período de nove meses, onde todos os pacientes adultos submetidos à VNI dentro de 48h após a extubação foram avaliados. RESULTADOS: Um total de 174 pacientes foi incluído no estudo. A média(DP) de idade foi de 56 (18) anos e 55% eram do sexo masculino. A média (DP) do SAPS II foi de 42(14). As formas de aplicação da VNI foram: Insuficiência respiratória pós-extubação (G-IRpA) (26%), como adjunto no desmame precoce (G-PRECOCE) (10%) e como VNI preventiva (G-PREVENT) (64%). O tempo mediano de tempo de ventilação mecânica foi similar nos três grupos (66h), o tempo mediano entre a extubação e o inicio da VNI foi de 0h (0-16h), e o tempo mediano entre a extubação e a reintubação foi de 2 dias (0,7-4d). Apenas 3% dos pacientes tinham DPOC. A taxa de sucesso da VNI foi de 67% no G-IRpA, 70% no G-PRECOCE e 64% no G-PREVENT, com taxa de reintubação de 34%. A taxa de mortalidade na UTI foi de 27%. Pacientes com hipercapnia tiveram uma taxa de sucesso maior (81%), já os pacientes que necessitaram de aspiração de secreção e que passaram mais tempo na VNI foram mais susceptíveis a serem reintubados. CONCLUSÃO: A VNI pode reduzir as taxas de reintubação em pacientes que apresentaram insuficiência respiratória pós extubação, apresentar um sucesso moderado em pacientes heterogêneos que a utilizaram no desmame precoce e quando utilizada em uma população não seleta de forma preventiva, não reduz, significativamente, as taxas de mortalidade e de reintubação