Bases celulares e efeitos do tratamento com metotrexato associado a nanopartículas lipídicas sobre as alterações cardiovasculares da endotoxemia induzida por LPS em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Natalia de Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-13042023-144620/
Resumo: Disfunções cardíacas são uma das mais importantes causas de mortalidade na sepse e estão associadas à desregulação do sistema imune e diminuição da perfusão miocárdica. Mostramos em estudos anteriores que, em diversos modelos experimentais, o metotrexato (MTX) associado à nanopartículas lipídicas (LDE) é capaz de modular a resposta imune e estimular a angiogênese no miocárdio. Com isso, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do LDEMTX sobre a disfunção cardíaca em ratos com endotoxemia. Vinte ratos Wistar foram induzidos à endotoxemia por injeções intraperitoneais de lipopolissacarídeos (LPS, 10mg/kg, duas doses com intervalo de 24 horas) e alocados em três grupos: LPS-LDEMTX, injetado i.p. com 1mg/kg de MTX associado à LDE; LPS-MTX, injetado com 1mg/kg da versão comercial MTX; LPS-LDE, injetado apenas com LDE. Um grupo de cinco animais controle (CT) sem endotoxemia também foi estudado. A análise ecocardiográfica foi realizada 48 horas após a primeira dose de LPS. Os animais foram eutanasiados para análise morfométrica e da expressão gênica e proteica de marcadores do ventrículo esquerdo (VE). Os animais LPS-LDE desenvolveram disfunção diastólica, a qual foi prevenida tanto no grupo LPS-LDEMTX quanto LPSMTX. Apenas o grupo LPS-LDEMTX desenvolveu hipertrofia compensatória do VE.Em LPS-LDEMTX, a hipóxia celular foi acentuadamente menor e o processo angiogênico maior que em LPS-MTX e LPS-LDE, representados pela expressão de fator induzível por hipóxia 1, fator de crescimento vascular endotelial e angiopoietina 1/2, respectivamente. A biodisponibilidade de adenosina intracelular aumentou no grupo LPS-LDEMTX, o qual apresentou maior expressão de receptores de adenosina. Apenas o grupo LPS-MTX apresentou toxicidade hepática. O tratamento com LDEMTX e com MTX comercial preveniram a disfunção diastólica na endotoxemia, mas apenas LDEMTX foi capaz de modular outros parâmetros benéficos e prevenir toxicidades, sendo um candidato a futuros estudos clínicos para a terapêutica da sepse