Avaliação de programas de gerenciamento de antimicrobianos em serviços de atenção primária à saúde no estado de São Paulo sob a perspectiva do farmacêutico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mendonça, Karoline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5172/tde-10102024-145923/
Resumo: INTRODUÇÃO: A atenção primária à saúde (APS) visa fornecer cuidados iniciais, de menor complexidade, sobre os principais problemas de saúde da comunidade. Sabe-se que a resistência antimicrobiana é uma das grandes ameaças à saúde global. Neste cenário, programas de gerenciamento de antimicrobianos (PGA) trazem como estratégia o uso racional desta classe de medicamentos, visando reduzir a velocidade de progressão da resistência antimicrobiana. O farmacêutico tem papel central nos PGAs, auxiliando o prescritor na escolha do melhor esquema antimicrobiano para cada paciente, fazendo auditorias de prescrições e reduzindo uso desnecessário de antimicrobianos. OBJETIVOS: Avaliar o cenário dos programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos nos serviços de atenção primária dentro do estado de São Paulo através da percepção dos farmacêuticos que atuam nestes setores. MÉTODOS: Estudo transversal realizado por meio de inquérito direcionado a farmacêuticos da APS do estado de São Paulo, visando avaliar os programas de gerenciamento de antimicrobianos nesses setores. O estudo ocorreu no período de junho de 2022 a janeiro de 2024. O formulário foi composto por 49 perguntas classificadas entre as seções: dados demográficos e sobre formação e capacitação dos farmacêuticos, dados da unidade de saúde, em relação à estrutura, políticas e estratégias para gerenciamento de antimicrobianos, sobre a dispensação de antimicrobianos pela farmácia, sobre intervenções farmacêuticas referentes a antimicrobianos, educação ao profissional de saúde sobre antimicrobianos, educação ao paciente quanto ao uso racional de antimicrobianos e considerações finais. RESULTADOS: Foram obtidas 201 respostas, mas 189 foram consideradas para análise dos dados. Dentre os farmacêuticos entrevistados, 75% possuiam pós-graduação. Quase 80% das unidades apresentavam sistemas informatizados para prescrição médica e evolução. Presença de médico infectologista na unidade foi referida em 17% dos questionários. Disponibilidade de exames para auxiliar no diagnóstico infeccioso como radiografia de tórax e hemocultura foi de 29% e 38%, respectivamente. Em 32% houve menção de existência de política escrita sobre o gerenciamento de antimicrobianos. CONCLUSÃO: As unidades de saúde da atenção primária do estado de São Paulo carecem de PGAs mais estruturados e robustos. São necessários esforços locais e da gestão dos sistemas de saúde para aprimorar o grau de gerenciamento de antimicrobianos nesse setor