Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marques, Luiz Otavio Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-27022020-143234/
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Resumo: |
O modelo de desenvolvimento econômico adotado no Brasil desde a sua constituição enquanto nação privilegia o urbano em detrimento do rural, gerando disparidades socioeconômicas entre estes dois tipos de territórios. Inserido no contexto político da reforma agrária, surgiu no final da década de 90 o movimento pela Educação do Campo, propondo reconfigurar o projeto educacional das escolas localizadas no meio rural. Nesta pesquisa de abordagem qualitativa-interventiva de cunho etnográfico, busca-se analisar e discutir as possíveis contribuições e/ou desafios do ensino e aprendizagem de língua estrangeira sob a perspectiva teórica dos estudos de letramentos (Novos Letramentos, Multiletramentos e Letramento Crítico) para a Educação do Campo. Com este objetivo, foi realizada uma pesquisa de campo em uma escola pública de ensino fundamental, localizada no Vale do Jequitinhonha, região situada no nordeste do estado de Minas Gerais, e que teve início com observações de aulas de inglês nas turmas do Ensino Fundamental 2, seguidas de discussões com o professor-colaborador. Em um segundo momento, a partir dos dados gerados na primeira etapa, foi elaborada e implementada uma proposta interventiva crítica nas turmas observadas, que apresentou como eixo central a problematização de questões relacionadas ao contexto sociocultural local. A análise do material resultante desse processo revela que a ação pedagógica de intervenção promovida na segunda parte da pesquisa está em consonância com princípios teórico-metodológicos da Educação do Campo, uma vez que propiciou espaços para o desenvolvimento da reflexão crítica e da agência dos estudantes. Observou-se a desconstrução de discursos homogeneizantes e discriminatórios sobre a língua inglesa e sua aprendizagem, observados na primeira fase da pesquisa, como também sobre questões sociais, culturais, ambientais, étnico-raciais e de gênero, o que evidencia o deslocamento de práticas discursivas dos sujeitos participantes. Entre os desafios para o desenvolvimento de um trabalho educativo crítico de tal natureza, destacaram-se: a visão utilitarista ainda predominante sobre o ensino da língua inglesa; a escassez de recursos didáticos e tecnológicos das escolas do meio rural e a ausência de formação inicial e continuada de professores na área de língua estrangeira no contexto da Educação do Campo. |