Efeitos do imazapyr no controle de plantas daninhas em áreas não agrícolas, e no controle da tiririca (Cyperus rotundus L.) e da grama-seda (Cynodon dactylon (L.) Pers.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Frenhani, Ariltom Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20220207-193120/
Resumo: A presente pesquisa foi desenvolvida com o imazapyr, um herbicida de aplicação em pós-emergência, não seletivo, tendo em vista dois objetivos: a) avaliar a sua atividade em duas situações em que se requer um eficaz e duradouro controle total da vegetação: em leito de ferrovia e em pátio de indústria; b) determinar o seu efeito no controle de duas espécies perenes de relevante importância no Brasil: tiririca (Cyperus rotundus L.) e grama-seda (Cynodon dactylon (L.) Pers.). Para alcançar esses objetivos, foram conduzidos quatro experimentos de campo, um em cada situação citada: ferrovia, área industrial, tiririca e grama-seda. Além disso, foram conduzidos dois experimentos em casa-de-vegetação, com o objetivo de verificar a melhor época e o melhor estádio de desenvolvimento da tiririca para a aplicação do imazapyr. O experimento em ferrovia foi conduzido em Campinas, SP, e o imazapyr nas doses de 1,0, 2,0 e 4,0 kg/ha comparado ao tebuthiuron, bromacil + diuron e karbutilate, todos a 20,00 kg/ha; o de área industrial foi conduzido em Paulínia, SP, e o imazapyr a 0,5, 1,0 e 2,0 kg/ha foi comparado ao tebuthiuron e bromacil + diuron a 8,0 kg/ha e karbutilate a 12,0 kg/ha. O experimento de controle da tiririca foi realizado em Paulínia, e nele o imazapyr nas doses de 0,25 + 0,25, 0,5 + 0,5, 0,5, 1,0 e 2,0 kg/ha foi comparado com o MSMA a 2,88 kg/ha e o glyphosate a 2,16 kg/ha. O experimento de controle da grama-seda foi conduzido em Piracicaba, SP, sendo o imazapyr aplicado a 0,125 + 0,125, 0,25 + 0,25, 0,25, 0,5 e 1,0 kg/ha e comparado com o glyphosate a 2,52 kg/ha, dalapon a 8,50 kg/ha e fluazifop-butil a 0,50 kg/ha. Os experimentos em casa-de-vegetação foram realizados em Piracicaba, e neles o imazapyr foi aplicado a 0,25 e 0,5 kg/ha em 5 diferentes estádios de desenvolvimento da tiririca (pré-emergência e 3-6-9-12) folhas) e em duas épocas. Os resultados mostraram que o imazapyr apresenta um largo expectro de ação sobre as plantas daninhas e prolongada ação residual, que possibilitaram a obtenção de um efetivo e duradouro controle da vegetação em duas áreas não agrícolas: - Em leito de ferrovia, o imazapyr na dose de 2,00 kg/ha exerceu um controle total durante seis meses, enquanto que a 4,00 kg/ha o período efetivo de controle chegou a 9 meses. O imazapyr a 4,00 kg/ha foi ligeiramente inferior a tebuthiuron a 20,0 kg/ha, e aproximadamente igual a bromacil + diuron e karbutilate a 20,00 kg/ha; - Em pátio de indústria, o imazapyr a 1,00 kg/ha promoveu adequado controle durante 6 meses, e a 2,00 kg/ha ele garantiu a limpeza de um pátio industrial por um ano. Seu desempenho a 2,00 kg/ha foi ligeiramente superior a tebuthiuron a 8,00 kg/ha e melhor que bromacil + diuron a 8,00 kg/ha e karbutilate a 12,00 kg/ha. Os resultados demonstraram também que o imazapyr revelou-se altamente eficaz no controle da tiririca e da grama-seda. A grama-seda foi eficazmente controlada por doses baixas, como 0,25 kg/ha, durante os 4 meses de duração do experimento. Nesse período, o controle proporcionado por imazapyr em todas as doses foi superior ao exercido por glyphosate a 2,52 kg/ha, dalapon a 8,50 kg/ha e fluazifop-butil a 0,5 kg/ha. Os estudos com tiririca no campo e em casa-de-vegetação revelaram que o imazapyr apresenta uma excelente atividade sobre a parte aérea e sobre os órgãos subterrâneos da planta, ocasionando uma grande redução no número de tubérculos viáveis no solo. A tiririca ainda era eficazmente controlada pela dose de 0,25 + 0,25 no campo, aos 6 meses após a aplicação. Em todas as doses em que foi aplicado, o imazapyr revelou-se superior ao glyphosate, e principalmente ao MSMA. Os estudos em casa-de-vegetação mostraram que o imazapyr possui considerável atividade sobre a tiririca também em aplicações de pré-emergência. Forneceram também a indicação de que o melhor estádio da planta para aplicação na primavera e entre 6 e 9 folhas, e no outono entre 3 e 6 folhas, e que a aplicação na primavera é mais eficaz que a de outono, por destruir um maior número de tubérculos. Constatou-se no campo que, dividindo-se uma dose de imazapyr por dois e aplicando-se as duas meias doses espaçadas de 40 dias, os resultados foram ligeiramente superiores que os obtidos com a mesma dose aplicada integralmente.