Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alves, Luciano Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-27052019-151853/
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Resumo: |
Num contexto de iniquidade social em que os matizes étnicos são escala de privilégio a partir da vinculação com os valores europeus advindos ainda do processo colonial, qualquer traço de negritude ou vinculação com as culturas nativas tende a ser fonte de discriminação. Tal realidade se reflete de forma potencializada em desrespeitos e perseguições nas escolas nos momentos em que estas pertenças têm de ser assumidas em função de preceitos religiosos.Este trabalho procura debater tensão entre a multiplicidade de matrizes que compõem a cultura, e por consequência a religiosidade brasileira, e a ascensão de um pensamento religioso hegemonizante no ambiente escolar. Esta discussão foi proposta a partir da implementação de oficina culinária tradicional com professores, funcionários e alunos de Educação de Jovens e adultos. A oficina, uma intervenção artístico-pedagógica chamada Conversa ao pé do fogão, calcada nas leis 10.639 e 11.645 versou sobre as matrizes étnicas afro-brasileiras por meio do resgate da Tradição Oral. Nas cozinhas dos estabelecimentos de ensino, rememorando os saberes dos mais velhos, os participantes prepararam pratos típicos afro-brasileiros amplamente difundidos enquanto discutiam os choques, atritos e tensões entre essa cultura e a escola. Reunir-se em círculo, contar histórias, cozinhar, comer e discutir foi o meio de trazer a tradição oral e a ancestralidade para um ambiente em que a suposta laicidade escolar esconde uma cosmovisão específica e excludente, tentando propiciar acolhimento e inclusão da miríade de formas de ver, pensar e entender o mundo presentes na cultura brasileira. |