Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Isabel Cristina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151546
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Resumo: |
O presente trabalho está inserido no campo dos estudos da temática da Lei Federal 10.639/03, correlacionando-a especificamente com a disciplina de Sociologia ofertada no ensino médio. Sendo assim, esta pesquisa diz respeito aos aspectos do orixá Exu, nos cultos das religiões afro-brasileiras, principalmente no Candomblé, na Umbanda.. O objetivo geral desta dissertação foi investigar a possibilidade de abordagem dos aspectos do orixá Exu como conteúdo específico da disciplina de Sociologia do ensino médio, tendo como referência a Lei Federal 10.639/03, e as Diretrizes Curriculares da Educação Básica dessa disciplina no Estado do Paraná. Os objetivos específicos da presente dissertação foram: compreender em que medida a antropologia evolucionista contribuiu para o desenvolvimento do racismo e da intolerância aos povos africanos, afro-brasileiros e suas culturas; compreender a influência da escola evolucionista nos estudos antropológicos brasileiros e entender o processo de mudanças de paradigmas da antropologia brasileira. Buscando a validade empírica da presente dissertação, fundamentamos a metodologia na teoria de Weber (2001), visto que concordamos com o autor em relação ao modo de investigação dos fenômenos sociais, tentando aplicá-lo para compreensão do fenômeno social em questão. Utilizamos vários procedimentos, dentre eles a pesquisa bibliográfica (documentários, seleção de livros, artigos e leis) e a elaboração de um roteiro de entrevistas estruturadas, com questões abertas, direcionadas aos professores, à direção e aos pedagogos da coordenação de colégios do ensino básico. Nesta pesquisa, consideramos o quanto a educação deve contribuir para desfazer o mal-entendido que ocorreu com o orixá Exu, sob pena de continuarmos como uma visão racista sobre Exu e as religiões afro-brasileiras. Nesse âmbito, apresentamos ao leitor algumas das pesquisas mais importantes sobre Exu. O diferencial de nossa pesquisa está na demonstração da relação entre Exu e a Lei 10.639/03, evidenciando que é possível abordar o tema como conteúdo específico, fundamentado também nas diretrizes curriculares da disciplina de Sociologia do estado do Paraná. A contribuição da presente pesquisa também se efetiva nas sugestões de como seria possível relacionar Exu com os conteúdos específicos da disciplina em questão. Foram realizadas nove entrevistas com professores do ensino médio, de várias disciplinas, de colégios estaduais (alguns ministram aulas em mais de um colégio) da Região Metropolitana de Maringá, norte do Paraná, durante o mês de novembro do ano de 2015. As respostas desses profissionais proporcionaram o conhecimento das dificuldades que os professores enfrentam ao abordarem temas relacionados às religiões afro-brasileiras nas aulas, mas nos revelaram, principalmente, maneiras de abordar os aspectos do orixá Exu como conteúdo específico. |