Atividades de autocuidado de idosos com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Trevizani, Fernanda Auxiliadora
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-29052015-194539/
Resumo: Este estudo objetivou analisar a relação entre as atividades de autocuidado com o diabetes mellitus (DM) e as variáveis sociodemográficas, de saúde, o desempenho funcional e a presença de sintomas de depressão em idosos com DM2. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal, realizado com 121 idosos com DM2, atendidos no Ambulatório de Diabetes, de um Hospital Geral Terciário, no interior paulista. Os dados foram coletados no período de fevereiro a junho de 2014. Para tanto, utilizaram-se o Miniexame do Estado Mental, o Índice de Katz, a Escala de Lawton, o Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes e a Escala de Depressão Geriátrica. A média de idade dos idosos foi 68,1 anos, 57,2% eram mulheres, 65,3%, casados e 32,2%, analfabetos; 29,8% moravam somente com cônjuge, e 71,9% eram aposentados. A média de diagnóstico médico foi 5,2, com maior prevalência de hipertensão arterial sistêmica (90,8%), dislipidemia (77,6%), nefropatias (32,2%) e retinopatias (42,1%); a média de complicações foi 2,6, destacando-se os problemas nos olhos (38,8%), a pressão alta (30,6%) e colesterol/triglicérides (26,5%). Quanto ao tipo de tratamento, 79,3% realizavam dieta e 55,4%, associação de antidiabético oral e insulina; 50% sempre faziam autoaplicação de insulina; 50% armazenavam a insulina na porta da geladeira; 80,2% não alteravam a dose de insulina e 85,9% realizavam o rodízio dos locais de aplicação. Para o desempenho das atividades básicas da vida diária, 93,4% eram independentes e para as atividades instrumentais de vida diária, 71,1% eram parcialmente dependentes. Quanto às atividades de autocuidado, as maiores médias de dias na semana foram para os itens: \"secar os espaços entre os dedos dos pés, depois de lavá-los\" 6,4(DP=1,8), \"tomar injeções de insulina conforme recomendado\" 6,1 (DP=2,3), \"avaliar o açúcar no sangue o número de vezes recomendado\" 5,5 (DP=2,5) e as menores médias foram para: \"realizar atividades físicas por 30 minutos\", 1,6 (DP=2,6), \"realizar exercício físico específico\" 1,6 (DP=2,5) e \"ingerir doces\" 0,8 (DP=1,5). Houve significância estatística entre a variável estado civil e a dimensão monitorização da glicemia (p=0,00), com menor média para os solteiros 3,3 (DP=3,3); e a variável renda e a dimensão alimentação específica (p=0,03), mostrando menor média 3,8 (DP=1,4) para os que possuíam renda de até R$ 1.300,00. Em relação ao tabagismo, 51,2% nunca fumaram. Os sintomas depressivos estavam presentes em 55,4% dos idosos, porém não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias de dias na semana para as dimensões do QAD e a presença ou ausência de sintomas depressivos. Conhecer as características sociodemográficas, de saúde, o desempenho para as atividades diárias e a frequência das atividades de autocuidado de idosos com DM2 possibilita aos profissionais de saúde o planejamento da assistência, com intervenções específicas às necessidades dos mesmos