Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Simone Márcia da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-26042018-114018/
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Resumo: |
À medida que a população envelhece, a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis aumenta. Dentre as doenças que acometem a população idosa, destaca-se o diabetes mellitus (DM). Por ser uma doença crônica e envolver riscos de complicações e sequelas, a realização de atividades de autocuidado pode contribuir para o controle da doença. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi estudar o perfil clínico, epidemiológico e sociodemográfico, bem como o nível de adesão ao autocuidado de idosos com DM Tipo 2 (DM2). Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, sendo selecionados 115 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, com DM2 e cadastrados no Ambulatório do Estágio Integrado do Centro de Saúde Escola Joel Domingos Machado no município de Ribeirão Preto/SP há pelo menos um ano. Os instrumentos de coleta de dados foram o Instrumento de Caracterização dos Participantes, Critério de Classificação Econômica Brasil e o Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes. Todos os preceitos éticos foram respeitados. Quanto aos resultados obtidos, observou-se um predomínio de mulheres e de participantes com ensino fundamental incompleto (68,7%). O tempo médio de diagnóstico da doença foi de 13,6 anos para os homens e 14,4 anos para as mulheres. Em relação ao tipo de tratamento farmacológico utilizado, 50,4% dos participantes relataram utilizar apenas antidiabético oral, 37,4% antidiabético oral associado à insulina, 9,6% apenas insulina e 2,6% não faziam uso de nenhum medicamento. Cerca de 88% mencionaram a hipertensão arterial como doença associada e 11,3% apresentavam nefropatia como complicação decorrente do DM. Quanto às atividades de autocuidado, verificou-se níveis baixos de adesão tanto para adesão geral quanto para as recomendações alimentares, especialmente entre as mulheres. Por outro lado, o domínio medicação foi o que apresentou maior adesão por parte dos participantes. A avaliação dos itens \"avaliar o açúcar no sangue o número de vezes recomendado\" e \"examinar os pés\" mostrou diferença significativa quando mulheres e homens foram comparados. Em elação ao tabagismo, a maioria relatou não fumar. A análise multivariada mostrou que no domínio adesão geral, não utilizar nenhum e/ou apenas um antidiabético oral foram considerados fatores preditores para baixa adesão. Já os preditores de alta adesão foram não utilizar metformina e apresentar hemoglobina glicada alterada. No que se refere ao domínio adesão à alimentação, não utilizar nenhum antidiabético oral foi fator preditor de baixa adesão, enquanto ser negro e apresentar glicemia de jejum não controlada representaram fatores preditores de alta adesão. Aderir às recomendações gerais e alimentares se correlacionaram positivamente com o tempo de diagnóstico [(r=0,34964; p<0,001); (r=0,25947; p=0,005), respectivamente]. Conclui-se que fatores sociodemográficos, clínicos e epidemiológicos influenciam a adesão ao autocuidado. Obter informações para orientar e planejar ações que possam aumentar a adesão ao tratamento do DM é fundamental para melhorar o controle da doença, diminuir riscos de complicações e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes. |