No campo de batalha: um estudo das reações emocionais de pais de bebês pré-termo e suas relações com a parentalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Manuela Vilanova Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-07072015-093150/
Resumo: O nascimento prematuro é um problema de saúde pública, cujas consequências incidem tanto sobre as condições de sobrevivência do neonato, quanto sobre as reações emocionais dos pais. A separação precoce entre a mãe o bebê, as limitações impostas pelo ambiente tecnológico de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal para interação dos pais com o recém-nascido e o sofrimento psicológico vivido pelo casal parental podem repercutir na relação da tríade pai-mãe-bebê. O objetivo desse trabalho foi investigar o conjunto das reações emocionais apresentadas pelos pais de bebês pré-termo de muito baixo peso e as relações entre essas reações e o processo de transição para a parentalidade. Nesta pesquisa de abordagem qualitativa, os participantes foram 4 mães e 4 pais de bebês prematuros internados no Hospital Universitário da USP. Os dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada e analisados através da análise de conteúdo. As coordenadas teóricas que sustentaram a análise foram as da teoria psicanalítica de Winnicott, junto a contribuições de outros autores, cuja elaboração teórica foi considerada relevante para a discussão do tema. Foram identificadas reações emocionais ligadas à interrupção precoce da gravidez, ao relacionamento com a criança, à relação do casal parental e à relação com a equipe de saúde. Sensações de medo, apreensão, estranhamento, sentimentos de incompletude, irrealidade e impotência, necessidade de apoio, percepção de transformação pessoal e dos vínculos conjugais compuseram as singulares reações emocionais de cada casal parental. Algumas dessas reações mostraram-se favorecedoras e outras dificultadoras do processo de transição à parentalidade. Nesse estudo, as dificuldades vividas pelos pais não se apresentaram, a priori, como um impedimento para a construção de um vínculo seguro e saudável com os seus filhos. Mas tais dificuldades evidenciam a necessidade, apontada em outros trabalhos, de que os pais recebam atenção especializada do profissional da saúde mental, assim como, assistência integral da equipe de saúde tanto na internação, quanto no período da gravidez e após a alta hospitalar