Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Fernanda Borges de |
Orientador(a): |
Piccinini, Cesar Augusto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/134389
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Resumo: |
O presente estudo investigou a experiência da paternidade no contexto da prematuridade desde o nascimento e internação do bebê em unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINeo) até o 3º mês após a sua alta hospitalar. Buscou ainda investigar retrospectivamente as expectativas e sentimentos do pai durante a gestação. Participaram três pais de bebês nascidos pré-termo, com idades entre 27 e 45 anos e que residiam com a mãe do bebê. Dois participantes estavam sendo pais pela primeira vez, e um deles estava tendo um terceiro filho. Os bebês apresentavam diferentes características clínicas ao nascer, incluindo um bebê nascido extremamente pré-termo e com extremo baixo peso, um bebê nascido muito pré-termo e com muito baixo peso e um bebê nascido moderadamente pré-termo e com baixo peso. Foi utilizado um delineamento longitudinal de estudo de caso coletivo, envolvendo entrevistas durante a internação do bebê e no 3º mês após a alta hospitalar. Os relatos dos participantes sobre a paternidade foram examinados através de análise qualitativa com base em quatro categorias derivadas da literatura e dos dados: representações acerca de si mesmo como pai, representações acerca da filha, relação pai-filha e representações acerca da família de origem. Os resultados revelaram o sofrimento dos pais relacionado à condição de vulnerabilidade do bebê nascido pré-termo e aos riscos envolvidos na situação de pré-eclâmpsia, particularmente entre os pais cujas filhas apresentaram menor peso e tempo gestacional. Os relatos sobre a gestação e parto também revelaram intensas ansiedades, com destaque para o sentimento de impotência e as preocupações referentes à saúde, sobrevivência e condição emocional da esposa. Após o parto, apesar dos temores sobre o futuro da criança, os participantes, em maior ou menor grau, mostraram-se bastante dedicados e atenciosos como pais, especialmente, durante os primeiros dias de vida de suas filhas, incluindo as visitas frequentes ao bebê, a relação pai-filha e o apoio emocional à esposa. Três meses após a alta do bebê, os relatos paternos evidenciaram o quanto as filhas, embora saudáveis, ainda eram percebidas como bebês bastante vulneráveis, desencadeando uma série de cuidados e, consequentemente, tendo importantes repercussões em suas vidas. Juntos, os achados do presente estudo sugerem a importância das maternidades, UTINeos e profissionais contemplarem a complexidade da situação do nascimento prematuro bem como as particularidades de cada caso. Além disso, destaca a necessidade de se oferecer intervenções psicológicas não só para as mães, mas também aos pais dos bebês nascidos pré-termo. |