Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Dayane Aparecida Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-09122019-161141/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO:Em crianças, uma doença desmielinizante aguda pode evoluir como uma doença multifásica com várias recidivas, tais como a esclerose múltipla (EM) e neuromielite óptica (NMO). O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é um potencial de curta latência que permite a análise neurofisiológica da via auditiva, desde a orelha interna até o tronco encefálico alto. Os Potenciais Evocados Auditivos de Longa Latência (PEALL) refletem a atividade neuroelétrica da via auditiva nas regiões do tálamo e córtex auditivo, estruturas responsáveis pelas funções de discriminação, integração e atenção, fornecendo informações sobre o funcionamento do Sistema Nervoso Auditivo Central (SNAC). Portanto, os PEATE e PEALL contribuem para a identificação das alterações retrococleares ou outras alterações do SNAC. OBJETIVO: caracterizar os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico e de longa latência em crianças e adolescentes com EM e NMO, e verificar os valores diagnósticos destes potenciais em cada uma das doenças desmielinizantes. MÉTODOS: A casuística foi composta por dois grupos estudo (GE1 - esclerose múltipla, GE2 - neuromielite óptica) e dois grupos comparação (GC1 e GC2), pareados por idade e gênero (faixa etária de 9 a 18 anos 11 meses). Foram realizadas avaliação audiológica básica e avaliação eletrofisiológica da audição por meio dos PEATE e PEALL. Os resultados obtidos nos indivíduos do GE1 e do GE2 foram comparados entre si e com os dados obtidos nos indivíduos com desenvolvimento típico (GC1 e GC2). RESULTADOS: Em relação ao PEATE, na análise dos dados qualitativos não houve diferença estatisticamente significante entre GE1 e GE2, porém o GE1 apresentou maior ocorrência de alterações (alteração mais frequente foi de tronco encefálico alto no GE1 e de tronco encefálico baixo no GE2); na análise dos dados quantitativos houve diferença estatisticamente significante para o interpico III-V, sendo que o GE1 apresentou maior valor quando comparado com o GE2. No que diz respeito aos PEALL, na análise dos dados qualitativos não houve diferença estatisticamente significante entre GE1 e GE2, porém observou-se maior número de alterações no GE2; na análise quantitativa, ao compararmos os grupos GE1 e GE2, verificou-se diferença estatisticamente significante para a latência de N2 (maior valor para GE2), para a amplitude P2-N2 (menor valor para GE1); e para a amplitude P300 (menor valor para o GE2). Quanto aos valores de sensibilidade, especificidade e acurácia para o PEATE, observou-se 63,64%, 100% e 81,82% respectivamente para o GE1; 33,34%, 100% e 66,67% respectivamente para o GE2. Para o PEALL, observou-se 36,36%, 90,91% e 63,64% respectivamente para o GE1; 66,67%, 88,89% e 77,78% respectivamente para o GE2. Conclusão: Indivíduos com EM apresentaram maior ocorrência de alterações no PEATE e indivíduos com NMO maior ocorrência de alterações no PEALL. Evidencia-se a necessidade de mais estudos nesta população, bem como mais estudos sobre a contribuição e a eficácia do PEATE e do PEALL no diagnóstico diferencial da EM e da NMO |