Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Chira, Maria Helena Hespanhol |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-16022011-120155/
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Resumo: |
A pesquisa aqui desenvolvida tem como foco de trabalho a improvisação no contexto do ator performativo, abrangendo sua trajetória desde a criação até a recepção. A fim de explorar esse universo, foi desenhado um percurso baseado na pessoalidade de quem escreve: uma atriz que vive a realidade de ser também uma criadora, e se confronta com questões de ordem prática nessa relação. Portanto, essa pesquisa percorre um caminho em espiral, onde a prática estimula a teorização, e vice-versa. O pensamento desenvolvido discorre sobre o ator performativo, pois falamos de criação no contexto da performatividade, principalmente sob o ponto de vista de Josette Féral. As fontes utilizadas a fim de contextualizar a pesquisa são sempre voltadas à figura do ator, e pensadas através dele. Portanto, todo o material coletado foi horizontalizado nesse sentido, para que fosse possível fazer um recorte diante de tantos conceitos que tentam esmiuçar a realidade do teatro contemporâneo e seus procedimentos criativos. O processo de criação do ator se dá, aqui, pelo viés da recepção. Ao pensar no ator performativo, vislumbra-se então a possibilidade de, de forma subjetiva, introjetar as duas figuras criador e receptor - no mesmo ser, criando assim um ator que contém dentro de si a figura do receptor, que o impele a criar e a refletir sobre sua criação simultaneamente. Esse estado de criação questiona o ator segundo a certa vivacidade necessária ao teatro e uma conscientização diante do seu trabalho e dos seus percursos criativos. Como base da improvisação enquanto ferramenta de criação nesse contexto, a teoria utilizada como parâmetro é a dos viewpoints, desenvolvida por Anne Bogart e Tina Landau, que tem conexão imediata com a pesquisa, já que parte de princípios concretos de variação de determinada estrutura cênica, visando à organicidade dos movimentos e a concentração do criador em algo palpável, físico e dinâmico. Ao trabalho teórico, se mistura uma pesquisa minuciosa em cima dos cadernos de anotações de quatro anos de ensaios com um núcleo estável da Cia. de Teatro em Quadrinhos, dirigida por Beth Lopes, fonte primária das indagações aqui propostas. Essas anotações aparecem inseridas no trabalho como fontes ou fins de muitas questões, e conectam novamente a teoria a uma prática, já que se fala em criação do ator o tempo todo. No sentido de exemplificar mais uma vez essa relação prático-teórica, concluise com uma reflexão acerca da montagem de um espetáculo desse período, (a)tentados (originalmente Attempts on her life, de Martin Crimp), destacando suas congruências com as teorias e questionamentos desenvolvidos ao longo de toda a pesquisa. |