Lute como uma mulher: Josina Machel e o movimento de libertação em Moçambique (1962-1980)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Amanda Carneiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13052019-113230/
Resumo: A conquista da independência em Moçambique se deu através da luta armada. Iniciada em 1964, foi capitaneada pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), um movimento de 1962 que contou com uma organização feminina, a Liga Feminina de Moçambique (LIFEMO) e, posteriormente, com um Destacamento Feminino (DF) de caráter guerrilheiro. A entrada das mulheres no combate impôs a formulação de políticas específicas sobre emancipação e direitos que, em 1973, passaram a ser centralizadas pela Organização da Mulher Moçambicana. É também neste período que se construiu a figura heróica de Josina Muthemba Machel cuja data de morte, em 7 de abril de 1971, passou a marcar o calendário oficial como o dia da mulher moçambicana. Esta pesquisa propõe identificar e compreender o processo de construção dessa personagem como símbolo do movimento de mulheres, tendo como foco sua trajetória no âmbito de sua atuação com a de outras combatentes e com a FRELIMO. Tem como balizas cronológicas os anos de 1962, de fundação do movimento e de gestação da luta armada que resultou na conquista da independência em 1975, até a década de 1980 quanto teve lugar a Conferência Extraordinária da Organização de Mulheres Moçambicanas e o V Congresso da FRELIMO, quase duas décadas após a morte de Josina. Para tanto, além da pesquisa bibliográfica sobre gênero na África com especial ênfase em Moçambique, foram considerados os dados biográficos de Josina Machel, obras relativas à participação das mulheres na luta de libertação, periódicos da imprensa de Moçambique (Brado Africano, Revista Tempo e a Voz da Revolução) e os documentos da OMM e da FRELIMO (1962 a 1983).