Mashinamu na Uhuru: conexões entre a produção de arte makonde e a história política de Moçambique (1950 - 1974)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Laranjeira, Lia Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-03112016-160238/
Resumo: O presente estudo tem como eixo central as conexões entre a produção de esculturas em madeira, conhecidas como mashinamu ou arte makonde, e a história de Moçambique, pelo viés da atuação política e artística da população makonde deste país, entre 1950 e 1974. O recorte temporal abrange duas fases com marcas significativas nas dinâmicas sociais do referido grupo. A primeira de 1950 a 1959, pela valorização da arte makonde no mercado internacional da arte africana, pelo aumento do fluxo migratório para o Tanganyika, e pela formação de organizações de ajuda mútua e políticas lá instaladas. A segunda, de 1959 a 1974, pelos novos significados da arte makonde na luta pela independência de Moçambique e pelo projeto de consolidação de uma nacionalidade moçambicana. No intuito de compreender a referida produção artística em diálogo com a história política de Moçambique, o estudo elucidou, dentre outros aspectos, os sentidos dessa produção em diferentes contextos políticos e sociais e o papel da população makonde no processo de independência de Moçambique. A pesquisa se debruçou sobre fontes escritas constituídas por publicações e documentos do período colonial e sobre fontes orais, formadas, especialmente, por entrevistas realizadas com escultores atuantes nas esferas política e artística no período colonial.