Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ponce, Talita Dutra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-17122019-140842/
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Resumo: |
Introdução: Parcela significativa de mulheres atendidas em serviços de Atenção Primária á Saúde (APS) faz uso de risco e nocivo de álcool, e a prevalência desse padrão de consumo vem aumentando nessa população nos últimos anos, gerando incontáveis prejuízos sociais e de saúde. Estratégias de enfrentamento e prevenção no contexto da APS vem sendo sugeridas, dentre elas, destaca-se se a Intervenção Breve (IB), que tem demonstrado resultados satisfatórios quando realizada com mulheres. Objetivo: Verificar a efetividade da IB no padrão de consumo de álcool e na motivação para mudança de comportamento em mulheres que fazem uso de risco ou nocivo de álcool atendidas em um serviço de APS. Método: Ensaio clínico randomizado em que 20 mulheres atendidas em um serviço de APS que faziam um consumo de risco ou nocivo de álcool foram rastreadas utilizando-se o instrumento Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), e divididas aleatoriamente entre dois grupos; o Grupo Intervenção (GI) que participou da IB (sessão individual de 20 a 30 minutos, utilizando-se de técnicas motivacionais) o Grupo Controle (GC) que recebeu o Aconselhamento Breve (AB) (feedback sobre o padrão de consumo de álcool). Os desfechos foram avaliados na linha de base, no primeiro e no terceiro mês de seguimento, sendo eles: padrão de consumo de álcool, prontidão para mudança de comportamento, frequência e quantidade de álcool consumido no último mês. Para a análise intragrupo e intergrupo foi utilizado o modelo linear generalizado e para todos os testes foi considerado como significativo um valor de p 0,05. Resultados: Houve diminuição no escore AUDIT em ambos os grupos nos dois seguimentos, na linha de base (GI 12,89; GC 10,64), no 1º mês (GI 12,78 p=0,9; GC 7,9 p=0,01) e no 3º mês (GI 10,11 p=0,13; GC 7,09 p<0,00). Embora o GI tenha mantido o padrão de uso de risco de álcool após a IB, houve redução do número de doses ingeridas em relação a avaliação inicial (p<0,00) e menor quando comparado ao número de doses ingeridas pelo GC no mesmo período (p=0,07). Os resultados também sugerem a efetividade da IB nos estágios de prontidão para mudança do padrão do uso de álcool em mulheres que fazem uso de risco e nocivo de álcool, (antes da IB 4,89; após 1ºmês de IB 6,67, p=0,12). Conclusão: A Intervenção Breve aplicada no contexto da APS é efetiva na diminuição do consumo de álcool em mulheres que fazem uso de risco ou nocivo desta substância, e tem potencial para influenciar positivamente nos estágios de prontidão para mudança do hábito de beber. |