Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, André Tosta |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-05112021-112534/
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Resumo: |
A lombalgia e a lombociatalgia normalmente são tratadas conservadoramente com sucesso em até 85 % dos indivíduos, porém cerca de 15 % necessitam de resolução cirúrgica e a cirurgia endoscópica da coluna lombar surge como uma alternativa à microdiscectomia lombar tradicional. Entre as vantagens do método, destacam-se o menor tempo de internação e a redução do trauma cirúrgico. No entanto, entende-se que a irrigação contínua com solução salina no espaço epidural possa influenciar a pressão intracraniana (PIC), devido a eventos pós-operatórios descritos como cefaleia, cervicalgia, hipoacusia, parestesias, crises epilépticas e distúrbios visuais. Objetivou-se avaliar o comportamento da curva da PIC obtida de forma não invasiva em indivíduos submetidos às cirurgias endoscópicas lombares e o efeito do fluxo de irrigação de solução salina na curva da PIC. Para tanto, foram selecionados 31 indivíduos com indicação para cirurgia endoscópica (26 indivíduos pela via interlaminar, sob anestesia geral e 05 pela transforaminal, sob sedação), monitorados em cinco momentos distintos. A relação P2/P1 apresentou redução ao longo do tempo (p<0,001), passando de 1,15 no momento M0 para 0,93 no momento M1; 0,99 em M4 e 1,04 na última avaliação M5. Controlando o experimento também pelo tipo de acesso realizado (interlaminar ou transforaminal), idade (em anos) e o índice de massa corporal (IMC, em kg/m2), verificou-se que a variação da relação P2/P1 continua dependente do momento cirúrgico (p<0,001) e da idade (p=0,007), com a qual há correlação positiva. O tipo de cirurgia e o IMC não impactaram de forma significativa a relação P2/P1 (p=0,622 e p=0,331). Avaliando-se o Time to Peak (TTP) pelo tipo de cirurgia (interlaminar ou transforaminal), a idade (em anos) e o IMC (em kg/m2), foi verificada que sua variação foi dependente do momento cirúrgico (p=0,004) e do IMC (p=0,044). A variação do TTP não esteve atrelada à idade dos pacientes (p=0,100) ou ao tipo de cirurgia (p=0,945). Foi observada correlação linear significativa entre os parâmetros P2/P1 e TTP (r=0,732 e p<0,001). Obtiveram-se reduções da pressão arterial média e da pressão arterial sistólica (p<0,001 para ambas) em todos os momentos cirúrgicos com relação ao basal. A pressão arterial diastólica diferiu do basal nos momentos M1 e M2, enquanto a frequência cardíaca teve redução nos momentos M2, M3 e M4. Não foi observada diferença significativa da pressão documentada ao longo dos momentos cirúrgicos (p=0,103) nem no fluxo de solução salina 0,9 % (p=0,071). Verificou-se aumento da área do canal vertebral, comparandose os valores antes e após a cirurgia (p<0,001, teste t pareado). Propôs-se a anestesia geral como um fator de neuroproteção, associada ao papel da complacência cerebrospinal na regulação da PIC. Concluiu-se que o fluxo de irrigação de solução salina não apresentou correlação com a variação da curva da PIC. A utilização de anestesia geral mostrou-se como um possível fator protetor ao aumento da PIC na série estudada. |