Linha e chão: mediações entre arquitetura e cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferroni, Eduardo Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-27082024-111057/
Resumo: Esta pesquisa trata das relações entre arquitetura e cidade. Trata-se, mais propriamente, da forma como os edifícios tocam o chão. Parte-se da hipótese de que os dispositivos espaciais de mediação elementos arquitetônicos situados justamente neste campo transicional entre os edifícios e o território urbano constituem uma peça-chave para o projeto arquitetônico na cidade contemporânea, e que a análise das suas especificidades em situações urbanas efetivamente construídas, constitui uma ferramenta projetual fundamental para o campo disciplinar da arquitetura. O chão é aqui entendido como o lugar primordial do encontro entre as esferas de domínio que coexistem no espaço urbano. O desenho do seu entrelaçamento com os edifícios pode contribuir de maneira decisiva para a qualidade da vida urbana; seja na construção de fronteiras capazes de estabelecer interlocuções virtuosas entre os campos de domínio nos quais elas se inserem - fronteiras permeáveis e ao mesmo tempo resistentes, segundo Sennett (2011) seja na forma de limites rígidos, incapazes de estabelecer relações urbanas para além do bloqueio e do acirramento entre as diferenças. Tratados a partir das diversas maneiras com as quais eles manipulam a linha de chão (seja essa linha um risco traçado sobre o plano horizontal do chão, seja ela o perfil do chão traçado em corte), os dispositivos de mediação são aqui estudados sob quatro ações complementares: supressão, desdobramento, sobreposição e gradação. Não se pretende esgotar as múltiplas formas com as quais as mediações podem ocorrer no âmbito do projeto, mas sim trazer à tona pontos de partida possíveis para o aprofundamento da questão. A conceituação aqui proposta é extraída diretamente da análise de projetos e de obras construídas, em seu estado atual de uso e apropriação, e a argumentação da tese é elaborada a partir desta análise, no âmbito das especificidades próprias do projeto de arquitetura.