Rentabilidade e valor das companhias no Brasil: uma análise comparativa das empresas que aderiram aos níveis de governança corporativa da Bovespa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Tavares Filho, Francisco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-09012007-115112/
Resumo: A Governança Corporativa, por meio de um conjunto de mecanismos, representa uma ferramenta poderosa capaz de alavancar, satisfatoriamente, o desempenho econômico-financeiro das empresas, bem como o caminho pelo qual os fornecedores de recursos financeiros dessas empresas se asseguram de que terão retornos de seus investimentos. Porém, o aprimoramento dos padrões legais de governança corporativa de um país, geralmente, enfrenta obstáculos que o torna moroso diante do dinamismo e exigências do mercado atual, razão pela qual alguns mercados foram obrigados a criar mecanismos de adesão voluntária a melhores práticas de governança por parte das empresas. Seguindo uma tendência mundial, o mercado brasileiro implantou, em dezembro de 2000, os contratos privados entre a BOVESPA e as companhias abertas, contemplando compromissos de práticas adicionais de governança corporativa, o que representa uma alternativa às reformas legislativas pertinentes ao assunto. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa concentra-se em analisar se houve mudança significativa na rentabilidade e valor total de mercado das companhias, após adesão ao Novo Mercado, Nível 2 ou Nível 1 de Governança Corporativa da BOVESPA. Trata-se de um estudo empírico-analítico, em que três variáveis foram testadas estatisticamente: Retorno do Ativo (ROA), Retorno do Patrimônio Líquido (ROE) e Valor Total de Mercado da Empresa (TQ), utilizando-se do Teste t (paramétrico) e do Teste de Wilcoxon (não-paramétrico) para teste de significância de médias. Os resultados indicaram que, quando analisadas em conjunto, verificou-se uma mudança significativa positiva no retorno médio do Ativo, retorno médio do Patrimônio Líquido e valor médio das empresas, após a referida adesão. Por outro lado, quando analisadas individualmente, 63,64% dos casos convergiram para aceitação da hipótese de que houve mudança significativa positiva no valor da empresa; entretanto, para o retorno do Ativo e do Patrimônio Líquido, apenas 27,27% e 31,82% dos casos individuais foram convergentes com a análise conjunta, respectivamente. Ressalte-se, porém, que existem outras variáveis micro e macroeconômicas que impactam na rentabilidade e no valor das companhias, e não apenas o motivo da adesão, conforme ratificado por uma análise comparativa realizada com um grupo de controle. Todos os resultados desta pesquisa consideraram um nível de confiança de 95% e respectivo nível de significância de 5%. Contudo, tendo em vista os testes estatísticos terem uma amostragem não probabilística subjacente, os resultados encontrados são extensivos, apenas, às companhias listadas nos três níveis de governança corporativa da BOVESPA.