Em defesa dos não-controladores: governança corporativa e disclosure na criação de valor em combinações de negócios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MELO, Bruno Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado
Centro Universitário Álvares Penteado
Brasil
FECAP
PPG1
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/969
Resumo: A pesquisa analisa a relação entre a melhora na qualidade e disclosure das informações contábeis e a adoção de medidas de governança corporativa com a criação de valor em combinações de negócios no mercado brasileiro. A melhora na qualidade e disclosure das informações contabeis é analisada pela adoção do CPC 15 (R1) – Combinação de Negócios (CPC), enquanto a governança corporativa é avaliada pela adoção de medidas protecionaistas a acionistas não controladores, oriundas da adoção de cláusulas de tag along em 100% das ações (TAG), conselho de administração composto em ao menos 20% de membros independentes e ou externos (CIE) e o emprego de conselho fiscal (COF). Além disso, foi analisado também o pacote de medidas trazido com a listagem no Novo Mercado (NM). Espera-se que estas medidas mitiguem os efeitos de assimetria informacional e problemas de agência, os quais são desfavoráveis a investidores outsiders ou não controladores em comparação a insiders ou controladores. Para tanto, é realizado um estudo de evento para a análise do Cumulative Abnormal Returns (CAR) em janela de curto prazo, assim como a análise do Market-To-Book em janela de longo prazo (um ano), buscando examinar a criação de valor nas operações. A relação entre o CAR e o MTB com as variáveis de governança foi analisada através da estimação de regressões lineares com efeitos fixos de empresa e de ano. Primeiramente, os resultados mostram uma mudança de paradigma da literatura pregressa, de destruição de valor para criação de valor em combinações de negócio. Além disso, na análise de curto prazo do CAR, foi identificado que empresas de maior porte criam menos valor nas combinações de negócios e, quando analisado em interação com o porte, foi constatado que a adoção do CPC comtribuiu com a criação de valor de curto prazo, mas o efeito é menor para as empresas maiores. Na análise de longo prazo, foi encontrado que o CIE está relacionado com a geração de valor de longo prazo, mas seu efeito também é menor para empresas adquirentes de maior porte. Finalmente, não foi observada significância estatístisca nas demais variáveis de interesse. A pesquisa discorre sobre aspectos de evolução no mercado brasileiro, com respeito à sua eficiência e similaridades com mercados maduros como o americano. Os resultados demonstram que as informações de combinação de negócios foram incorporadas tempestivamente ao valor das ações, indicando que o mercado pátrio se encontra no espectro de eficiencia-semiforte, sinalizando que as mudanças na qualidade e disclosure das informações contábeis, somadas às correntes mudanças na governança corporativa colocam o mercado brasileiro em rota de convergência com mercados desenvolvidos.