Desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do pessegueiro em pomar compacto sob poda drástica anual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Barbosa, Wilson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20191218-165942/
Resumo: Pesquisou-se o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo dos pessegueiros (Prunus persica L. Batsch) do IAC: 'Tropical' e 'Aurora-2', no sistema de pomar compacto (espaçamento: 3x2m - 1.667 plantas/ha) sob poda drástica anual de renovação de copa. Os pessegueiros foram podados em: 30 de setembro, 30 de outubro e 30 de novembro de 1986. Os seguintes parâmetros bio-agronômicos foram analisados: crescimento dos brotos e ramos; porte das plantas; quantidade de nós e de gemas vegetativas e floríferas; intensidade de floração e frutificação; palinologia; ciclo de crescimento e época de maturação dos frutos e produção. A sistemática da indução, diferenciação e desenvolvimento floral, correlacionada às épocas de poda, foi também investigada. O experimento foi conduzido na Estação Experimental de Jundiaí (23° 08'S), do Instituto Agronômico, Campinas, São Paulo. Os melhores resultados foram obtidos com o cultivar Tropical, especialmente podado em 30 de setembro. As plantas sob este tratamento se desenvolveram adequadamente, obtendo ao final do ciclo vegetativo x̄ = 2,40 metros de altura; x̄ = 44,3 nós por metro de ramo (m.r.) e 2,46 gemas por nó. Através de cortes histológicos dos meristemas observou-se que a sua indução floral deve ter ocorrido em janeiro. A organogênese floral das gemas processou-se, porem, em fevereiro e a floração em início de julho; cerca de 76% das gemas diferenciaram-se em botões florais. As flores, em número médio de 83/m.r., apresentaram x̄ = 44,3 anteras; o número de grãos de pólen por antera e flor foi x̄ = 1.706 e 75.044, respectivamente, com uma germinação in vitro de x̄ = 85,3%. A frutificação efetiva foi da ordem de 30%, com x̄ = 25 frutos/m.r. A produção das plantas atingiu x̄ = 8,26 kg. O ciclo da florada a maturação dos frutos foi x̄ = 83 dias. A floração ocorreu ao nono e a maturação dos frutos ao 12º mês, após a poda drástica. As plantas de 'Tropical', podadas em 30/10 e 30/11, apresentaram índices inferiores em todos os parâmetros fenológicos avaliados. O cultivar Aurora-2, de ciclo mediano (120 dias da florada à maturação dos frutos), não se comportou adequadamente ao sistema de poda drástica pós-colheita. Os dados comprovaram que no sistema de pomar compacto com poda drástica anual, os cultivares devem apresentar maturação bem precoce, cuja safra ocorra em setembro, e, no máximo em outubro, sucedendo-se a poda. O pessegueiro, podado cedo, recupera uma nova copa, sadia e fisiologicamente matura ao ciclo seguinte. Esta metodologia é adequada a regiões de clima subtropical-tropical; nessas condições, o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do pessegueiro atinge intensidade e precocidade maiores.