Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Castro, Heloísa Pinheiro Rosa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-19052023-185859/
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Resumo: |
A indicação de Paulo Roberto Nunes Guedes, economista egresso da Universidade de Chicago, para o ministério da Economia de Jair Bolsonaro, em 2018, fez emergirem no debate público brasileiro diversos paralelos com o caso dos \"Chicago Boys\" chilenos - grupo de economistas com visões pró-mercado que chegou ao poder durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). No caso do Chile, a literatura aponta que a circulação de um número elevado de jovens economistas pelo Departamento de Economia da Universidade de Chicago resultou na formação de um grupo coeso, adepto à tradição intelectual da escola estadunidense e com um projeto político em comum para o país. Esta pesquisa buscou desenvolver uma análise comparativa entre a experiência dos \"Chicago Boys\" chilenos e aquela de um primeiro grupo de economistas brasileiros que circularam pela instituição, entre 1967 e 1977, com o objetivo de destrinchar os efeitos, em cada caso, da socialização no programa de pós-graduação em Economia de Chicago na formação de grupos com alinhamentos intelectuais e políticos homogêneos e com projetos em comum para seus respectivos países. Para tanto, partiu-se de duas hipóteses. Por um lado, supõe-se que, tanto no caso chileno quanto no brasileiro, a experiência de circulação por Chicago não seria condição suficiente para explicar a formação de grupos coesos e coerentes. Por outro lado, supõe-se que, nos dois casos, o grau de afinidade político-intelectual e de coesão dos economistas que circularam pela instituição teria sido mediado por fatores relacionados: (1) às condições histórico-institucionais em que se deu a circulação internacional; (2) à partilha prévia de determinadas propriedades sociais; e (3) às modalidades de inserção dos agentes nos respectivos espaços nacionais dos economistas após o retorno do exterior. A coleta de dados foi feita mediante a realização de entrevistas e a revisão de fontes primárias e secundárias. |