A construção do lugar leitor no universo escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Castro-Rocha, Luciana Henn Siqueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22102014-133309/
Resumo: O objetivo deste trabalho é perscrutar a construção do lugar leitor no universo escolar por meio da análise dos discursos de professores e alunos a respeito da leitura. A reflexão levada a cabo norteou-se pelas seguintes questões: de qual maneira o discurso sobre essa prática institui-se nas coordenadas escolares? Quais significados de leitura e de leitor constituem-se nos/pelos discursos dos professores e alunos? A fim de aprofundarmos o tema, focalizamos inicialmente a emergência do leitor na Literatura. Esse aspecto norteou, sob um determinado viés, a concepção sobre leitor e leitura que se produziu teoricamente, principalmente no século XX, a partir da Teoria Literária, da Lingüística e da própria História da Leitura. Como procedimento metodológico, foram eleitos dois pilares mestres: a Análise de Discurso e a Psicologia Institucional. Foi então analisado o material discursivo oriundo de 12 entrevistas (seis em escola pública, seis em escola privada) realizadas com um professor e um aluno de cada série inicial dos ciclos de Ensino Fundamental I primeira série; Ensino Fundamental II quinta série; e da última série do Ensino Médio terceiro ano. Considerando a esfera institucional das práticas escolares de leitura, organizaram-se categorias temáticas que possibilitaram a análise dos depoimentos. Essa categorização tomou como base três temas associados à arquitetura que, por analogia, descrevem algumas dimensões daquelas práticas: o arquiteto, o morador e a casa. Dessa visada sobre os dados, pode-se notar que a construção do lugar leitor no universo escolar edifica-se a partir de tensões, as quais constituem uma espécie de paradoxo instituinte desse lugar. O lugar leitor encontra-se fortemente edificado, mas sempre incompleto. Ele nunca parece resultar pleno; antes se apresenta como ocasião de descontinuidade, instabilidade e, portanto, (re)construção permanente.