O Guru de Papel: livros de ioga na São Paulo da Belle Époque (1910-1925)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Bruno Guaraldo de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190969
Resumo: Os leitores paulistas do início do século XX tiveram à sua disposição uma significativa oferta de livros sobre ioga. A Editora e Livraria d’O Pensamento, fundada em 1907, exerceu papel pioneiro na intermediação, tradução, edição e difusão destes livros, sendo a única editora especializada no ramo na cidade de São Paulo, e inaugurou, desta forma, o que se pode chamar de um mercado editorial de livros de ioga no Brasil. A Editora já contava, em 1920, com um extenso catálogo de livros espiritualistas e de ioga, uma rede de distribuição nacional via correspondência, tiragens anuais de pelo menos 25.000 exemplares ao todo, e além dos livros, publicava a revista mensal O Pensamento desde 1907, impressa ininterruptamente até a atualidade. Quais são os primeiros livros de ioga em São Paulo? Quem eram os autores e tradutores? Como foram difundidos? Como se inseriram no contexto do mercado editorial? Como pode ter se dado sua recepção e leitura? O objetivo desta dissertação é demonstrar como se deu o surgimento e a consolidação deste ramo no mercado editorial. Partindo da análise de fontes históricas e com base no “Circuito das Comunicações”, metodologia proposta por Robert Darnton, será defendida a hipótese de que os livros de ioga surgiram e se consolidaram no mercado através dos esforços de Antônio Olívio Rodrigues e seus associados na produção, difusão e criação de um público leitor cativo da ioga e do caráter eclético e cosmopolita de São Paulo durante a Belle Époque, onde um vertiginoso crescimento econômico e populacional, advindos do sucesso da economia cafeeira e da imigração em massa, gerou significativo aumento e diversificação da demanda por livros novos, cada vez mais exóticos e misteriosos, como, no caso desta dissertação, os livros de ioga.