O complexo granítico Cunhaporanga na região de Joaquim Murtinho, Piraí do Sul (PR): caracterização faciológica das rochas granitoides

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Guimarães, Gilson Burigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-11062015-095229/
Resumo: A área representada na Folha Geológica Joaquim Murtinho (CCGP, 1970 a) como sendo ocupada pelo \"Granito intrusivo Joaquim Murtinho\" e também suas vizinhanças imediatas, foram objeto de mapeamento geológico na escala 1:50.000. As rochas granitoides foram separadas em 13 fácies e agrupadas em 5 Associações de Fácies. A Associação de Fácies I é formada por monzogranitos (e granodioritos, quartzomonzonitos e quartzomonzodioritos) equigranulares médios (fácies Ia) e monzogranitos e granodioritos porfiríticos, de matriz média a grossa (fácies Ib e Ic). A Associação II é constituída por monzogranitos (e granodioritos e quartzomonzonitos) finos a médios, cinzentos e levemente foliados (fácies IIa) e por monzogranitos e granodioritos finos a médios, róseos (fácies IIb). A Associação III mostra granitos a granodioritos inequigranulares a porfiríticos (matriz afanítica a grossa), vermelhos, com estrutura cataclástica (fácies IIIa). A Associação IV apresenta álcali-feldspato granitos médios a grossos, avermelhados (fácies IVa e IVb) ou cinzentos (fácies IVc e IVd), com estrutura cataclástica (IVa e IVc) e cavidades miarolíticas (principalmente IVb); a fácies IVe ocorre como diques de granitóides porfiríticos com matriz fina a média e cor rósea. Na Associação V, ocorrem álcali-feldspato granitos alaranjados (fácies Va) e sienitos a quartzo sienitos inequigranulares a porfiríticos (matriz afanítica a média), amarelo-rosados (fácies Vb). Identificaram-se ainda meta-arenitos do \"Quartzito Serra das Pedras\", milonitos, rochas do Grupo Castro, arenitos da Formação Furnas, diabásios relacionados à Formação Serra Geral e sedimentos cenozoicos. A sequência de colocação dos granitóides iniciou-se com as rochas da Associação I, seguidas pela Associação II (fácies IIb contemporânea a posterior à fácies IIa), culminando com o posicionamento do conjunto formado pelas Associações IV e V (exceto a fácies IVe, posterior). A Associação III deve ser anterior (ou contemporânea) às Associações IV e V e posterior às Associações I e II. A proposta de criação da unidade estratigráfica \"Granito Joaquim Murtinho\" por parte da Comissão da Carta Geológica do Paraná foi deficiente. Os maiores problemas foram a falta de controle de campo e o uso do mesmo nome para duas áreas diferentes, distantes 35 km uma da outra. Sugere-se aqui denominar de Granito Joaquim Murtinho apenas as Associações IV e V, por apresentarem estas rochas composição \'alasquítica\', conforme a definição original da unidade. o conjunto formado pelas cinco Associações de Fácies Granitóides pertence ao Complexo Granítico Cunhaporanga. É possível que as Associações IV e V representem os equivalentes intrusivos das rochas vulcânicas ácidas do Grupo Castro. A falta de dados químicos e isotópicos inibiu o enquadramento dos granitoides nas diferentes classificações tipológicas apresentadas na literatura. Entretanto, considerando-se aspectos petrográficos e geológicos, as Associações IV e V assemelham-se a granitos tipo A, enquanto que a Associação I equivaleria a granitos tipo L As áreas potencialmente mais promissoras de encontrar mineralizações são as ocupadas pelas Associações IV e V e os contatos entre as diferentes Associações (principalmente entre as Associações I e II).