Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1986 |
Autor(a) principal: |
Montalvao, Raimundo Montenegro Garcia de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-01072015-100439/
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Resumo: |
Geologicamente a área em discussão constitui uma das regiões mais interessantes e complexas nos domínios da Plataforma Sul-Americana em território brasileiro, onde se destacam terrenos granitóide-greenstone belts. Na coluna estratigráfica aqui adotada o Complexo Goiano e a unidade considerada mais antiga, sendo constituído principalmente por granitóides, gnaisses e migmatitos com metamorfismos na fácies anfibolito. As amostras datadas deste complexo forneceram duas isócronas de referência Rb/Sr, sendo a mais antiga com idade de 2.926 \'+ OU -\' 65 MA e razão inicial \'Sr POT.87\'/\'Sr POT 86\' de0,7001, e a mais nova 2.471 \'+ OU -\' 20 MA e razão inicial \'Sr POT.87\'/\'Sr POT.86\'de 0,701. Este último resultado foi confirmado através de uma isócrona \'Pb POT.206\'/\'Pb POT. 204\' que acusou a idade de2.481 \'+ OU -\' 188 MA, com \'mü\'\'IND.1\'= 7,699. A despeito dos valores de razão inicial das isócronas Rb/Sr bem como do parâmetro \'mü\'\'IND.1\' nas análises Pb\'Pb indicarem materiais advindos do manto, interpreta-se, com base nas evidências de campo, que os valores mais novos são indicativos deretrabalhamento de rochas crustais siálicas formadas em 2.925 \'+ OU -\' 65 MA (isócrona mais antiga) com contribuição de material primitivo. Antes desse retrabalhamento depositou-se sobre a crosta siálica já formada (Complexo Goiano) uma sequência vulcanossedimentar identificado como Supergrupo Pilasde Goiás que caracteriza na região os greenstone belts. A idade arqueana para este supergrupo foi evidenciada através da datação de suas rochas ultramáficas, que pelo método Sm/Nd indicaram idade isocrônica de 2.600 MA. O Supergrupo Pilar de Goias ainda no Arqueano foi recoberto em discordância angular por uma vasta sedimentação que se identifica com o grupo Itapaci aqui definido, o qual se mostra retrabalhado nos ciclos geotectônicos Transamazônico, Uruaçuano e Brasiliano. Estas unidades foram seccionadas por rochas granitóides que apresentam ) idade isocrônica de referência Rb/Sr de2.939 \'+ OU -\' 105 MA e razão inicial de 0,701, o que combinado com as datações Sm/Nd do Supergrupo Pilar de Goiás atestam sua idade arquena. A leste da área aqui abordada ocorre uma estrutura dômica conhecida como Domo de Hidrolina, onde se expõem terrenos migmatito-gnáissicos que formam o Complexo de Hidrolina. A estrutura é desenhada por rochas so Supergrupo Pila de Goiás e Grupo Itapaci, sendo que o complexo mostra idade isocrônica de referência Rb/Sr de 2.124 \'+ OU -\' 102 MA com razão inicial \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' de 0,7025, ou seja remonta ao Proterozóico Inferior. A unidade mais nova é representada por sequências de idade cenozóica referidas como Coberturas Sedimentares Terciário-Quaternárias que com seus cascalhos, areias, argilas e lateritas tanto depósitos residuais total ou parcialmente laterizados, como sedimentação fluvial, aluvial e coluvial em sua maioria sem representatividade na escala do mapa anexo. Além do estudo geocronológico e de campo, base para o estabelecimento da coluna estratigráfica aqui adotada, foram feitos estudos petrográficos e litogeoquímicos tanto no Complexo Goiano como no Supergrupo Pilar de Goiás, sendo que neste foi dada ênfase às suas rochas máfico-ultramáficas. Nesse contexto conclui-se que as rochas máfico-ultramáficas do Supergrupo Pilar de Goiás (Grupo ultramáfico) foram formadas por fusão de rochas do manto em vários níveis (10 e 50% de fusão) dando origem aos komatitos peridotiticos e piroxeníticos, que se diferenciaram a komatitos basálticos e toleíticos. Entre as ocorrências minerais detectadas na área, destacam-se as de Cr, Ni, mármore, cianita e ouro, sendo este último o principal bem mineral existente na região, com importantes acumulações no âmbito dos greenstone belts. |