Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Ana Letícia Júlio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-09042021-103744/
|
Resumo: |
A sepse é uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por respostas imunes desreguladas do organismo a um patógeno. No Brasil, a sepse é uma das principais causas de internação e morte em unidades de terapia intensiva e encontra-se cada vez mais presente em pacientes pediátricos devido ao aumento da população de risco. A taxa de mortalidade em crianças com sepse grave alcançou 50% nos últimos anos. Dados apontam que pelo menos 20% dos adultos sobreviventes à sepse tem alguma alteração física, cognitiva ou de memória. No entanto, pouco se sabe sobre as alterações dessa síndrome inflamatória e suas consequências no desenvolvimento dos pacientes pediátricos após esta condição. Portanto, é importante investigar as alterações neuropsiquiátricas desenvolvidas durante a sepse grave em infantes. Para isto, utilizamos o modelo experimental de indução de sepse grave por inóculo i.p. de bactérias provenientes do ceco em camundongos infantes e adultos. Observamos que camundongos infantes são mais susceptíveis à sepse quando comparado a camundongos adultos, apresentando maior mortalidade devido à disfunção orgânica, como já existente na literatura, validando, assim, nosso modelo experimental em infantes. Também observamos ruptura da barreira hematoencefálica no cérebro destes animais, como o aumento da produção de citocinas e quimiocinas no tecido e ativação de células da glia. Entretanto, não houve alteração no infiltrado de células inflamatórias. Após a sepse, os animais infantes sobreviventes apresentaram déficit de memória de aprendizado. Análise imunohistológica das células progenitoras no hipocampo, mostrou que estas diminuem em quantidade no hipocampo de camundongos infantes sobreviventes. Assim, podemos concluir que sepse grave em infantes desencadeia danos na memória por aprendizado, possivelmente pela diminuição da neurogênese hipocampal. |