Hemodinâmica encefálica na sepse avaliada pelo Doppler transcraniano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Azevedo, Daniel Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-21092021-111520/
Resumo: INTRODUÇÃO: Na sepse, a microcirculação cerebral é gradualmente comprometida com mudanças significativas no fluxo sanguíneo encefálico (FSE), que podem desempenhar um papel na etiologia da encefalopatia associada à sepse (EAS). O objetivo deste estudo foi avaliar a autorregulação cerebral dinâmica (dCA) durante a fase aguda e subaguda da sepse. MÉTODOS: Pacientes admitidos na UTI nas primeiras 24 horas do diagnóstico de sepse foram incluídos no estudo. Indivíduos saudáveis (controles pareados por idade e sexo) também foram recrutados. Gravações contínuas bilaterais das velocidades fluxo sanguíneo (CBFv) utilizando DTC e monitorização da pressão arterial invasiva (IBP) foram obtidas durante um basal de 5 min. O CO2 final (EtCO2) foi monitorado durante a gravação. A análise da função de transferência da relação IBP-CBFv foi realizada para obter a resposta em degrau do CBFv. O índice de autorregulção (ARI) foi atribuído a cada gravação, usando o melhor ajuste de mínimos quadrados entre a resposta em degrau CBFv e uma das 10 curvas ARI modelo propostas por Tiecks et al. O ARI foi calculado para cada controle/paciente para ambos os hemisférios no início, porém os dados dos hemisférios direito e esquerdo foram agrupados. O teste t de Student foi usado para comparar os valores médios de ARI entre controles (cARI) e pacientes sépticos (sARI). RESULTADOS: Um total de 36 indivíduos controles (19 mulheres) e 40 (20 mulheres) pacientes sépticos foram incluídos no estudo. A idade média dos controles e participantes sépticos foi de 64 (±10) anos e 57 (±16) anos, respectivamente. Não foi encontrada diferença significativamente estatística entre os grupos no índice de pulsatilidade (IP) basal e no 5min-EtCO2. sARI (4.1 ±2.7) foi significativamente menor que o cARI (5.5 ±1.5; p = 0.03). CONCLUSÕES: Nossos resultados mostraram que a dCA é significativamente menor na fase aguda da sepse. Alterações na perfusão encefálica durante a sepse contribuem para lesões cerebrais secundárias e pior prognóstico. A compreensão dos mecanismos de regulação do FSE na sepse é extremamente importante para melhor manejo do paciente e favorece um melhor prognóstico.