Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Delarisse, Marianne Lanes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-08022021-150904/
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Resumo: |
A doença de Chagas ainda é um importante problema de saúde pública em regiões endêmicas da América Latina, onde estima-se 8 milhões de infectados. A isquemia microvascular é frequente na cardiomiopatia chagásica crônica (CCC) e pode estar envolvida em processos fisiopatogênicos que levam a disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. A obtenção de imagens cintilográficas de perfusão (CMP) em estresse e repouso pode ser ferramenta útil na investigação de modelos experimentais de cardiopatia, tendo sido padronizada em ratos e camundongos, mas sem relatos em hamsters. Desta forma, nosso objetivo foi padronizar um protocolo de estresse farmacológico com uso de dobutamina através da curva dose-resposta do efeito da infusão endovenosa de dobutamina sobre a pressão arterial e a frequência cardíaca em hamsters sírios normais. Na etapa 1, os animais passaram por procedimento cirúrgico para a canulação da artéria carótida e veia jugular para os registros da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC), respectivamente. As doses de dobutamina endovenosa nessa etapa foram de 2,5 à 40 µg/kg/min. A partir dos dados obtidos da curva de dose-resposta na etapa 1, foi estabelecido uma faixa de taxa de infusão de dobutamina de 2,5 a 17,5 µg/kg/min com a obtenção de imagens de perfusão miocárdica in vivo no repouso e estresse com dobutamina (Etapa 2-A). Contudo, as imagens de cintilografia miocárdica de perfusão revelaram dilatação da cavidade ventricular esquerda (VE) e defeitos perfusionais reversíveis nos animais do grupo controle, indicando efeitos cardiotóxicos. Após analisar as curvas dose-respostas da FC e da PA do grupo da etapa 2-A, optamos por realizar uma única infusão com dose única de 12,5 µg/kg/min (Etapa 2-B). Nesta etapa, os animais realizaram imagens de SPECT em repouso e após uma semana foi feita a infusão de dobutamina durante 1 minuto, com a dose de 12,5 µg/kg/min, seguida da aquisição das imagens cintilográficas de estresse. Após padronização deste regime de dose única, 23 animais chagásicos foram submetidos à infusão de dobutamina com dose de 12,5 µg/kg/min durante 1 minuto. O emprego do protocolo de dose única em 23 hamsters cronicamente infectados com T. cruzi (3,5x104 formas tripomastigotas da cepa Y), foi efetivo em promover defeitos perfusionais reversíveis em 9 animais (39%). Conclui-se, então, que o protocolo especialmente padronizado no nosso projeto se mostrou efetivo em produzir aumento significativo da FC e da PA em animais controles normais, sem produzir defeitos perfusionais isquêmicos ou sinais de disfunção miocárdica transitória durante o estresse. O protocolo de estresse com dobutamina foi capaz de induzir defeitos perfusionais reversíveis em significativa proporção de animais cronicamente infectados pelo T cruzi, em taxas dentro do que se tem descrito nos estudos conduzidos no cenário clínico. |