Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Rafael Modesto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-04102017-112703/
|
Resumo: |
Introdução: A disfunção atrial esquerda está associada a pior prognóstico em diversas situações clínicas. O método de strain bidimensional do átrio esquerdo permite avaliar de forma direta todas as fases da função atrial. Pouco se conhece sobre o comportamento das fases da função atrial esquerda em pacientes com síndrome coronariana aguda. O objetivo desse estudo foi correlacionar as funções de reservatório, conduto e contração do átrio esquerdo com desfechos adversos cardiovasculares em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST. Método: Esse estudo recrutou prospectivamente 109 pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST e de angina instável de risco moderado ou alto pelo escore GRACE para realização de ecocardiograma nas primeiras 72 horas. A função atrial foi avaliada por parâmetros ecocardiográficos convencionais e pelo strain bidimensional obtido pela média das janelas apicais 2 e 4 câmaras. O desfecho primário foi avaliado em até um ano de seguimento e foi composto pelos seguintes eventos adversos: óbito, insuficiência cardíaca nova, nova internação por síndrome coronariana aguda ou por insuficiência cardíaca, angina estável com necessidade de nova intervenção coronariana, arritmia (fibrilação atrial ou taquicardia ventricular) e acidente vascular cerebral. Os desfechos secundários foram os combinados desses eventos. Resultados: As médias do strain de reservatório, conduto e contração foram de 25% ± 8, 12% ± 5 e 12% ± 4, respectivamente. O desfecho primário teve uma incidência de 31,8% em até um ano e apresentou uma correlação significativa com o strain de reservatório (HR= 0,92; IC95% 0,88-0,96; p<0,001), de conduto (HR= 0,87; IC95% 0,81-0,94; p<0,001) e de contração (HR= 0,90; IC95% 0,84-0,98; p=0,011). Análise multivariada envolvendo variáveis clínicas e as de função atrial esquerda demonstraram que o strain de reservatório (p=0,03) e de conduto (p=0,046) se mantiveram significativos como preditores do desfecho primário. O strain de conduto se manteve significativo no desfecho combinado de óbito e insuficiência cardíaca (HR= 0,82; IC95% 0,74-0,91; p<0,001) mesmo após análise multivariada com parâmetros clínicos (p<0,001) e ecocardiográficos (p=0,049). Conclusão: A avaliação da função atrial esquerda por meio do strain bidimensional se correlacionou significativamente com desfechos adversos em pacientes com síndrome coronariana aguda sem elevação do segmento ST. O strain de reservatório e de conduto foram marcadores prognósticos independentes para o desfecho primário quando comparados às variáveis clínicas. Já para o desfecho combinado de óbito e insuficiência cardíaca, o strain de conduto foi um preditor independente mesmo após ajustado para variáveis clínicas e ecocardiográficas. |