Padrão alimentar e estado nutricional: caracterização de escolares de município paulista.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Maestro, Vanessa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-18022003-154322/
Resumo: A literatura especializada tem registrado, com ênfase, que a alimentação tem função primordial para o atendimento das necessidades energéticas e nutricionais das crianças e adolescentes e, ainda, exercem papel fundamental para a prevenção de doenças na fase adulta. O consumo freqüente de dietas inadequadas, aliadas muitas vezes ao sedentarismo, podem comprometer o estado nutricional dos escolares. A conscientização das crianças e adolescentes para um estilo de vida mais saudável faz-se necessária, contribuindo para a promoção e consolidação de hábitos saudáveis. Face ao exposto, julgou-se pertinente analisar a situação da população jovem, que vive em município cuja população ocupa, predominantemente, a área rural. Para tanto, foi definida amostra (n = 508) representativa dos alunos da rede pública de ensino de Piedade, São Paulo, com vistas a conhecer o estado nutricional e alguns de seus condicionantes, o consumo alimentar e o estilo de vida dos alunos amostrados, com idade entre 6 e 18 anos. Foram analisados os indicadores antropométricos (escore Z de altura para idade - ZAI) e a distribuição do Índice de Massa Corporal - IMC. Os dados sobre o consumo alimentar e estilo de vida dos escolares foram obtidos por meio de um questionário. Também utilizando-se questionários específicos identificou-se as condições socioeconômicas das famílias. Entre os principais resultados, vale ressaltar que apenas 3% dos escolares apresentaram ZAI < -2 (indicativo de déficit de altura). Observou-se 13,4% dos escolares com IMC³ 85º P. Verificou-se forte associação entre o IMC dos escolares e o trabalho da mãe fora de casa. Entre os alimentos mais citados nas dietas dos escolares destacam-se: arroz, pão, feijão, hortaliças, leite, carne bovina, café, margarina e achocolatado em pó. Merece destaque a baixa ingestão, entre os escolares, de energia, fibras, folacina, vitamina C, vitamina A, vitamina E, cálcio, ferro e zinco. Foi observado consumo considerado elevado de proteínas, vitamina B12 e selênio. A análise da participação dos macronutrientes no valor energético total revelou que cerca de 65% dos alunos apresentaram dietas inadequadas, não tendo sido observadas diferenças expressivas quando se analisou os resultados discriminando o grupo, de acordo com o sexo. Quando se analisou os resultados, tendo por base as dietas dos alunos classificados de acordo com a idade, maior proporção (66,2%) de dietas inadequadas foi observada entre o grupo mais jovem (com idade inferior a 10 anos). Verificou-se que os escolares permanecem em média 3,3 horas diárias expostos à programação televisiva. O estado nutricional da população pode ser classificado como satisfatório, mas em relação ao consumo de alimentos, faz-se necessário a intervenção com vistas, por exemplo, à reeducação alimentar, a fim de oferecer subsídios aos escolares para a adoção de práticas alimentares benéficas à saúde.