Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Castro, Caroline Luiza Codonho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/31019
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Meses após a epidemia da Covid-19 identificada no final de 2019 na China se alastrar pelo mundo, em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia. Com base no decreto, medidas para conter a disseminação do vírus foram determinadas em Portugal (centralizadas) e no Brasil (descentralizadas). OBJETIVO: Avaliar as possíveis repercussões do distanciamento social e da quarentena, como medidas de contenção da disseminação da COVID-19, sobre variáveis nutricionais numa amostra por conveniência das populações brasileira e portuguesa. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo transversal, coletado online (autorrelato). Na avaliação do consumo alimentar, utilizaram-se no Brasil os questionários de diversidade alimentar e consumo de ultraprocessados e o PREDIMED em Portugal. Em ambos os países o IPAQ (Short form) para dados de atividade física, questionário sociodemográfico e autorrelato de estatura, peso e evolução ponderal. A análise estatística foi realizada no programa R versão 4.2.1. Os resultados obtidos nos países foram avaliados independentemente, comparados entre si, visando analisar semelhanças, diferenças e relações com os desfechos, utilizando-se os testes apropriados e teste de Qui-quadrado com teste exato de Fisher, ao nível de significância de p <0,050 para todas as análises. RESULTADO: Foram incluídos 152 participantes do Brasil e 212 em Portugal, com média de idade 39,1 (±11,4) e 30,8 (±12,8), respectivamente. No Brasil a escolaridade e renda foram superiores às de Portugal. O o IMC médio dos brasileiros estava em sobrepeso, evoluindo de 26kg/m2 (±5,54), para 26,4 kg/m2 (±5,40) e em Portugal manteve-se eutrofia, evoluiu de 23 kg/m2 (±4,08) para 23,5 kg/m2 (±4,57). O aumento na autopercepção de peso corporal, foi de 54,1% no Brasil, especialmente mulheres (p<0,001), e 41,6% em Portugal. O consumo alimentar de ultraprocessados no Brasil foi associado ao aumento nas razões de chance para excesso de peso corporal (1142% molhos e produtos para untar, 523% refeições prontas, 411% produtos à base de carne reconstituída 389% em refrigerantes, 305% em bebidas à base de frutas, 240% em bebidas lácteas), com significância estatística (p<0,050), não havendo alimento protetor. Em Portugal o aumento de 700% das razões de chance para excesso de peso foi associado ao consumo de vinho (p=0,002) e de redução de 54% para os pescados (p=0,043) e as oleaginosas 52% (p=0,041), apesar da má observância às recomendações da dieta mediterrânea. No mais, ocorreu aumento de 304% nas razões de chance das mulheres cozinharem em Portugal e no Brasil redução de 41% na comparação com os homens.Finalmente, a frequência de atividade física reduziu em ambos os países e o incremento de intensidade foi associado a redução de frequência por mulheres. CONCLUSÃO: Em ambos os países, o distanciamento social contribuiu para redução da atividade física, que foi associada em Portugal ao consumo de vinho e no Brasil ao de ultraprocessados, o que pode ter resultado no desfecho de acúmulo de peso corporal. Como fator de proteção verificou-se em Portugal o consumo de oleaginosas e pescados e o aumento de mulheres cozinhando |