SP-Arte: histórico e impacto percebido no mercado brasileiro de arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Hochleitner, Katya de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-27012016-133127/
Resumo: Esta dissertação se propõe a examinar e contextualizar a SP-Arte no mercado brasileiro de arte, compreendendo seus efeitos em termos de circulação, produção, preços e promoção da arte, com o objetivo de avaliar o seu impacto no mercado brasileiro de arte. Trata-se de um estudo exploratório, com adoção de levantamento teórico e documental e também de pesquisa qualitativa, com o uso da técnica de entrevistas em profundidade, para investigar a percepção dos diferentes agentes do sistema brasileiro de arte contemporânea, a saber: organizadores, artistas, galeristas, curadores e críticos de arte, compradores e colecionadores, conservadores e diretores de instituições de arte. Notamos que a SP-Arte tem se destacado no mercado de arte, com a realização de onze edições sucessivas, completadas em 2015. A SP-Arte tem apresentado sucesso crescente, tanto em volume e valor de vendas quanto no número de participantes, entre os quais galerias, artistas e visitantes. Os entrevistados destacaram como pontos favoráveis: organização, otimização do espaço de exposição, qualidade dos participantes (galerias, artistas, curadores, organizadores etc.), participação de expositores internacionais, qualidade das atividades paralelas, e, ainda, nível de vendas em relação a outras feiras brasileiras. Enfatizaram ainda a redução de tributos na aquisição de obras de arte durante a feira, possibilitada pela administração pública, que favorece a comercialização de arte, seja ela de origem nacional ou estrangeira, embora o público comprador que frequenta a SP-Arte ainda seja predominantemente local. Além disso, os entrevistados destacaram o fato da feira ter se tornado um evento importante na agenda cultural paulistana, atraindo turistas de negócios e lazer. Há alguns elementos que ainda podem ser aperfeiçoados, tais como: a infraestrutura no acesso (trânsito e falta de estacionamento); o fomento a parcerias com escolas e instituições no âmbito educacional; a reavaliação da política ou da comunicação de preços da feira, no sentido de atenuar a imagem de altos custos para galeristas (e potenciais expositores) e de preços demasiadamente elevados das obras de arte (em relação a outros canais de venda); e, finalmente, a eficiência da comunicação do evento no exterior para aumentar a visitação de compradores estrangeiros. Tais mudanças podem ajudar a colocar a SP-Arte no mesmo patamar das grandes feiras de arte internacionais consideradas como imperdíveis, principalmente por galerias e colecionadores.