Revisão e análise cladística das espécies do gênero Moyosi Miller, 2007 (Araneae, Linyphiidae, Erigoninae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lemos, Rafael Yuji
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-21032014-170305/
Resumo: O gênero Moyosi Miller, 2007 tem como espécie-tipo Moyosi prativaga (Keyserling, 1886), descrita originalmente sob Erigone Audouin, 1826, M. chumota Miller, 2007 e M. rugosa (Millidge, 1991), descrita originalmente sob Sphecozone O. P.-Cambridge, 1870 e conhecida apenas pela fêmea. Moyosi, assim como Sphecozone e Psilocymbium, carecem do paracímbio, um estrutura importante dentre os Erigoninae Neotropicais, que foi perdida nos machos deste grupo. Hipóteses sobre essa perda foram elaboradas com base na história filogenética da família e os resultados apontam como perdas independentes que ocorreram por duas vezes, de acordo com o estudo da origem do paracímbio. Pela primeira vez, Moyosi é testado em uma análise cladística e sua relação interna com demais gêneros e dentro do grupo de espécies são aqui investigadas. A análise cladística foi realizada a partir de uma matriz contendo 19 táxons e 87 caracteres (58 sexuais e 29 somáticos). O grupo-externo foi selecionado a partir de uma análise preliminar da matriz completa original, com uma espécie de Moyosi incorporada, e foi composto por 11 espécies: Ceratinopsis interpres (O. P.-Cambridge, 1874), Dolabritor spineus Millidge, 1991, Gonatoraphis lysistrata Miller, 2007, Grammonota pictilis (O. P.-Cambridge, 1875), Intecymbium antarcticum (Simon, 1895), Psilocymbium acanthodes Miller, 2007, Sphecozone bicolor (Nicolet, 1849), Sphecozone crassa (Millidge, 1991), Sphecozone rubescens O. P.-Cambridge, 1870, Sphecozone spadicaria (Simon, 1894), Tutaibo phoeniceus (O. P.-Cambridge, 1894), todas espécies pertencente ao um clado onde houve perda ou redução do paracímbio. Para o grupo-interno, além de M. prativaga e M. chumota, representantes com ambos os sexos descritos, a análise contou com mais seis espécies novas brasileiras aqui descrita e diagnosticadas: Moyosi sp.n.01, conhecida para Santa Catarina, Moyosi sp.n.02, para Rio Grande do Sul, Moyosi sp.n.03 e sp.n.06, para São Paulo, Moyosi sp.n.04, com registro para Minas Gerais, e Moyosi sp.n.05, para Rio de Janeiro. Os resultados obtidos apresentaram apenas uma árvore mais parcimoniosa que comprovam a monofilia do gênero, com base em seis sinapomorfias, além de propor como grupo-irmão o gênero monotípico Intecymbium Miller, 2007. A topologia obtida também corrobora a hipótese de que Moyosi está intimamente relacionado com Psilocymbium, Intecymbium, Dolabritor e Gonatoraphis, com base na perda do paracímbio