Análise cladística e revisão taxonômica de Eustala Simon, 1895 (Araneae: Araneidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Poeta, Maria Rita Muniz lattes
Orientador(a): Teixeira, Renato A.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Zoologia
Departamento: Escola de Ciências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7777
Resumo: O gênero de aranhas Eustala Simon, 1895, é composto por 86 espécies, com distribuição nas Regiões Neártica e Neotropical. Membros deste gênero são frequentemente coletados e reconhecidos pelas fêmeas com escapo dirigido anteriormente e machos pela apófise média branca vontada para o centro do bulbo. Além disso, espécies do gênero usualmente apresentam um padrão de colorido do abdôme, chamado fólio, o qual se assemelha aos líquens e musgos presentes no substrato aonde elas ocorrem (e.g. arbustos, troncos). Este é o único gênero Neotropical de Araneidae sem revisão taxonômica e as relações filogenéticas entre as espécies de Eustala é desconhecida. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo estudar as relações filogenéticas entre as espécies de Eustala e revisar sua taxonomia. A hipótese filogenética foi obtida através da análise de evidências morfológicas, através da parcimônia, e os caracteres tratados com pesagem igual e implícita. Como resultado, a análise filogenética, baseada em uma matriz de dados com 179 caracteres discretos e 12 contínuos, codificados para 108 terminais, resgatou Eustala como grupo monofilético, tendo Metazygia F. O. Pickard-Cambridge, 1904 como grupo-irmão. Com base na observação de mais de 2500 exemplares e bibliografia, sete espéciesforam declaradas como nomina dubia: E. tridentata (C. L. Koch, 1838), E. tristis (Blackwall, 1862), E. essequibensis (Hingston, 1932), E. uncicurva Franganillo, 1936, E. nigerrima Mello-Leitão, 1940, E. albicans Caporiacco, 1954 e E. andina Chamberlin, 1916. Além disso, as seguintes sinonímias são propostas: Eustala conchlea (McCook, 1888) foi considerada sinônimo sênior de E. emertoni (Banks, 1904); E. guianensis (Taczanowski, 1873) sinônimo sênior de E. monticola Chamberlin, 1916 e E. bacelarae Caporiacco, 1955; E. bifida F. O. Pickard-Cambridge, 1904 sinônimo sênior de E. wiedenmeyeri Schenkel, 1953 e E. maxima Chickering, 1955; E. unimaculata Franganillo, 1930 sinônimo sênior de E. bisetosa Bryant, 1945; Metazygia isabelae Levi, 1995 sinônimo sênior de M. chenevo Levi, 1995. Ainda, Eustala E. venusta Chickering, 1955 foi revalidada. Adicionalmente, 54 espécies foram redescritas e ilustradas: E. fuscovittata (Keyserling, 1864), E.oblonga Chickering, 1955, E. saga (Keyserling, 1893), E. sagana (Keyserling, 1893), E. latebricola (O. Pickard-Cambridge, 1889), E. unimaculata, E. cazieri Levi, 1977 E. innoxia Chickering, 1955, E. tantula Chickering, 1955, E. exigua Chickering, 1955, E. devia (Gertsch & Mulaik, 1936), E. perdita Bryant, 1945, E. fragilis (O. Pickard-Cambridge, 1889), E. rubroguttulata (Keyserling, 1879), E. californiensis (Keyserling, 1885), E. minuscula (Keyserling, 1892), E. guianensis, E. guttata F. O. Pickard-Cambridge, 1904, E. ingenua Chickering, 1955, E. redundans Chickering, 1955, E. rustica Chickering, 1955, E. brevispina Gertsch & Davis, 1936, E. scitula Chickering, 1955, E. bifida, E. lata Chickering, 1955, E. conformans Chamberlin, 1925, E. cepina (Walckenaer, 1841), E. conchlea, E. anastera (Walckenaer, 1841), E. rosae Chamberlin & Ivie, 1935, E. delecta Chickering, 1955, E. banksi Chickering, 1955, E. mimica Chickering, 1955, E. trinitatis (Hogg, 1918), E. bucolica Chickering, 1955, E. montivaga Chamberlin, 1916, E. cameronensis Gertsch & Davis, 1936, E. scutigera (O. Pickard-Cambridge, 1898), E. eleuthera Levi, 1977, E. venusta Chickering, 1955, E. histrio Mello-Leitão, 1948, E. gonygaster (C.L. Koch, 1838), E. lunulifera Mello-Leitão, 1939, E. pallida Mello-Leitão, 1940, E. smaragdinea Mello-Leitão, 1939, E. clavispina (O. Pickard-Cambridge, 1889), E. viridipedata (Roewer, 1942), E. vegeta (Keyserling, 1865), E. tribrachiata Badcock, 1932, E. novemmamillata Mello-Leitão, 1941, E. nasuta Mello-Leitão, 1939, E. sedula Chickering, 1955, E. semifoliata (O. Pickard-Cambridge, 1899), e E. inconstans Chickering, 1955. Os registros de distribuição foram ampliados para 12 espécies: E. nasuta para a Costa Rica, E. guttata para a Guiana, E. lata para a Jamaica, E. montivaga para a Guatemala e República Dominicana, E. mimica para a Venezuela, E. rustica para o México, E. scutigera, E. conformans, E. tribrachiata e E. lunulifera para o Brasil, E. minuscula para a Argentina, e E. smaragdinea para o Paraguai.