Leonardo Bruni e Nicolau Maquiavel, leituras comparadas sobre as histórias de Florença: os Ordenamentos de Justiça e a revolta dos ciompi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Leitão, Caio Eduardo Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-16052022-113123/
Resumo: A História do povo florentino, de Leonardo Bruni, escrita ao longo das primeiras décadas do século XV, é reconhecida como a obra mais importante do renomado humanista e chanceler de Florença. Em sua História, Bruni retoma as origens da cidade e de sua fundação - destacando a influência dos etruscos - e narra com detalhes todos os importantes episódios da cidade até seu próprio tempo (início do século XV). Em dois momentos dessa narrativa, buscamos localizar conceitos centrais da tradição republicana expressos pelo chanceler: os Ordenamentos de Justiça e a revolta dos ciompi. Os dois episódios são centrais na História de Bruni e são também momentos de destaque em outras histórias da cidade, como a História de Florença, de Maquiavel, escrita no século XVI. Para expor esses momentos em sua História, Maquiavel não apenas toma o relato de Bruni como base, como também, em certa medida, busca desvelar motivações das personagens sobre as quais Bruni silencia. Buscando ampliar o debate sobre as fontes de Bruni e de Maquiavel, comparamos também suas histórias com algumas das mais importantes crônicas do período [dedicadas aos períodos considerados]. Com base nessas análises, procuramos explicitar os possíveis pontos de apoio de Maquiavel na obra bruniana e nos cronistas para a escrita de sua História de Florença e algumas de suas críticas à visão de Bruni sobre os fatos narrados.