O Banco Medici como instrumento consolidador da dinastia Medici: a perspectiva de Nicolau Maquiavel.

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Benedeti, Bianca Coradin.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Cosimo; Medici; Banco; Florença; Maquiavel; Bank; Florence; Machiavelli
• Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256110

A cidade de Florença, localizada na península italiana, apresentava uma dinâmica supostamente díspar em comparação às demais cidades europeias do final do século XVI. Enquanto muitos estavam submetidos a governos centralizados ou a monarquias, Florença se destacava como uma república autônoma desde o século XIII. No entanto, apesar dessa aparente independência política, o verdadeiro poder se situava nas mãos de algumas famílias proeminentes da cidade, com destaque, nesse projeto, para os Medici. Desde o século XIV, a família Medici consolidou seu domínio sobre Florença, tendo como égide de seu poder econômico e político o Banco Medici, estabelecido na mesma época. Esse domínio perdurou por séculos, moldando não apenas o destino de Florença, mas também influenciando a dinâmica política e econômica na península italiana e, em certa medida, na Europa. Florença, assim, emergiu como um dos mais significativos centros de disseminação do Renascimento. Dentre os notáveis intelectuais florentinos da época, destaca-se Nicolau Maquiavel, que, como observador e participante dos acontecimentos dos séculos XV e XVI, registrou suas visões políticas em suas obras, fornecendo valiosas observações sobre a dinâmica do poder em Florença e a influência da família Medici nesse cenário. Nosso objetivo reside na concepção da visão maquiaveliana, com o uso de suas obras, História de Florença e Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio, do processo de ascensão Medici ao poder por meio do uso do Banco Medici.