Coronavírus em aves silvestres e domésticas provinientes de diferentes regiões do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barbosa, Carla Meneguin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-10032016-112402/
Resumo: Apesar de ainda não terem sido relatados Coronavírus aviários com potencial zoonótico, espécies de aves silvestres e domésticas podem portar CoVs de grande importância econômica como o vírus da Bronquite Infecciosa (IBV). Além disso, nos últimos anos, diversos novos CoVs geneticamente distintos do IBV vêm sendo identificados em diferentes famílias de aves e mamíferos silvestres e domésticos. O Brasil contem 18% do total da diversidade de espécies de aves no mundo, no entanto, estudos sobre a presença de Coronavírus em aves silvestres ainda são bastante escassos. O presente estudo tem por objetivo realizar análise retrospectiva da presença de Coronavírus em amostras de aves silvestres e domésticas de diferentes regiões brasileiras coletadas entre os anos de 2004 e 2013 através de RT-PCR; realizar a caracterização molecular e a análise filogenética afim de correlacionar sua epidemiologia às rotas de migrações de aves, à proximidade das regiões urbanas e de granjas avícolas, verificando a possibilidade de transmissão. Do total de 746 amostras testadas, 25 apresentaram resultados positivos para os Coronavírus com primers para o gene da RpRd e foram sequenciadas. Obtivemos sucesso no sequenciamento de 7 dessas amostras, sendo 4 positivas para Gammacoronavírus e 3 positivas para Deltacoronavírus. Na tentativa de sequenciamento do gene da proteína S uma galinha (Gallus gallus), da Ilha de Marajó-PA, mostrou sequência que foi identificada como uma cepa de IBV. Este trabalho é inédito no Brasil, pois demonstra a presença de Gamma e Deltacoronavírus aviários circulando em diversas regiões, próximo a áreas urbanas e indústrias avícolas, mostrando evidências de que aves silvestres podem carrear estes Coronavírus entre diferentes sítios migratórios no Brasil.