Eco-epidemiologia dos Avulavirinae em aves silvestres de diferentes regiões do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, Nathália Utecht
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-23122021-172021/
Resumo: Os Avulavirinae, que pertencem à família Paramyxoviridae , possuem vinte espécies virais descritas que podem ser encontradas no mundo todo e infectam aves silvestres e comerciais. O orthoavulavirus aviário 1, vírus da doença de Newcastle, avulavirus aviário 1 ou paramyxovirus aviário 1 (APMV-1) um dos maiores causadores de perdas econômicas para a avicultura mundial, devido à sua mortalidade. Em 2017, o Brasil foi o segundo maior exportador de carne de frango do mundo, movimentando mais de 7 milhões de dólares. Esses vírus foram encontrados em sua maioria em aves que praticam algum tipo de movimento considerado migratório, e assim se disseminam pelo mundo. Nos últimos dez anos, dez novas espécies desta subfamília foram caracterizadas. O presente trabalho objetivou verificar as espécies circulantes de Avulavirinae no Brasil, analisar filogeneticamente as espécies virais encontradas e prever um possível surto viral de Avulavirinae no país evitando perdas econômicas e mantendo a saúde de animais silvestres. Foram testadas no total 1001 amostras, coletadas de diversas regiões do Brasil, utilizando PCR e seminested convencional, e submetidas à eletroforese, 97 amostras apresentaram banda na altura esperada do gel e foram sequenciadas, uma amostra foi positiva no sequenciamento e foi feita uma tentativa de isolamento em ovos embrionados de galinha. Quando comparado com o banco de dados do NCBI, a sequência da amostra PNRJ 79, coletada de um indivíduo da espécie Calidris fuscicollis , apresentou 82% de identidade em comparação com o antigo avulavirus aviário 1, o que pode significar um vírus ainda não identificado. O isolamento viral não pôde ser confirmado pelo teste de PCR, mas o teste de HA apresentou unidades hemaglutinantes. Embora não tenha sido possível obter dados precisos sobre a patogenicidade viral, este trabalho foi capaz de identificar e compreender a biologia de um agente patógeno numa importante rota migratória.