Por uma autoria solidária no Jornalismo: o ensino de Teorias do Jornalismo e de epistemologias de alteridade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gonçalves, Gean Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-14042023-114521/
Resumo: A presente tese busca promover um diálogo sobre a formação universitária que educandos em Jornalismo recebem nas instituições de ensino superior brasileiras. Preocupa-se com o ensino de Teorias do Jornalismo e a incidência de epistemologias de alteridade, repertório conceitual de múltiplas naturezas (saberes e visões de mundo a partir dos estudos de gênero, do feminismo negro e queer, mas também das contribuições periféricas e latino-americanas) em prol de uma autoria solidária para a leitura e narração da sociedade. Têm-se como ponto de partida a percepção de que subjetividades feministas, queer, negras e periféricas estão a se instaurar, participar e a modificar os testemunhos de mundo constituídos também pelo Jornalismo. Nesta pesquisa, estuda-se 20 cursos de Graduação em Jornalismo, com excelente avaliação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e forte apelo de referência regional e nacional. Dessa forma, busca-se compreender como o ensino do jornalismo, a partir da disciplina Teorias do Jornalismo, na atualidade, acolhe ou não experiências e críticas advindas de grupos politicamente precários, cujas pautas de identidade, diversidade e de desigualdade, movimentam debates sobre desvantagens sociais e acesso a oportunidades e recursos de compensação e justiça social. Espera-se compreender, por meio de uma pesquisa-reportagem, composta de coletas de testemunhos de docentes, de documentos educacionais (projetos pedagógicos e planos de ensino), dados sociodemográficos e materiais jornalísticos como tais experiências podem auxiliar na constituição de uma posição profissional mais crítica, mais autoral e mais sensível para as práticas jornalísticas da atualidade e as que estão por vir no século 21. Alcança-se como avaliação final que esse movimento existe na didática e em algumas teorizações, mas ainda não modificou radicalmente o ensino e as práticas do Jornalismo.