Higiene e habitação. O controle da atividade edificativa em Campinas: 1880-1934.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Monica Cristina Brunini Frandi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-11042017-093824/
Resumo: Trata do tema da higiene da habitação urbana paulista. Objetiva analisar em fontes documentais originais como a moradia foi incluída nas iniciativas governamentais estadual e municipal - para melhorar o estado sanitário da cidade de Campinas/SP, entre 1880 e 1934. Trabalha com a hipótese de que as medidas tomadas pelo governo de São Paulo e pela municipalidade, no final do século XIX, sob a organização do regime republicano e para combater as epidemias de febre amarela, estiveram fundamentadas nos princípios do urbanismo sanitarista europeu, que foram sistematizados na legislação sanitária estadual e edilícia municipal, embasando as práticas relacionadas à higiene das habitações e orientando a atividade edificativa em Campinas. Analisa o panorama da construção civil em Campinas por meio do procedimento administrativo que autorizou as licenças para construção de moradias, que foi formalizado na legislação edilícia e organizado na Repartição de Obras, identificando os protagonistas na concepção e na análise dos requerimentos e dos projetos arquitetônicos. Verifica que a expressiva maioria das obras foi conduzida por construtores não diplomados, sem formação acadêmica nas escolas tradicionais de engenharia e arquitetura, mas que foram licenciados conforme a normativa que estabeleceu a regulamentação profissional. Conclui que essa normativa municipal, atendendo aos preceitos da legislação sanitária estadual e dando suporte ao aparato sanitarista, foi decisiva para promover reformas e orientar a construção de novas habitações em Campinas/SP, ao estabelecer a obediência às determinações técnicas de aspecto, de solidez e de higiene, principalmente relacionadas à impermeabilização, à insolação e ao arejamento das edificações urbanas.