Gestão do trabalho em equipe com atenção centrada no paciente no contexto hospitalar: um estudo de método misto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Ana Clara Barreiros dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-25022021-114516/
Resumo: Introdução: O trabalho em equipe é um modo de organizar o trabalho para uma ACP, a partir do qual a gestão consegue estabelecer relações de trabalho mais horizontais. Objetivo: Analisar as relações entre trabalho em equipe com atenção centrada no paciente e modelo de gestão, no contexto hospitalar. Método: Estudo com desenho misto quantitativo-qualitativo, sequencial, explanatório. A coleta de dados foi realizada após autorização dos comitês de ética da EEUSP e da instituição. Ocorreu em duas fases: 1) fase quantitativa, realizada por meio da aplicação e validação dos instrumentos de medida de clima de trabalho em equipe e atenção centrada no paciente. Amostra foi de 193 profissionais e 31 equipes, ligados à assistência direta aos pacientes nas unidades hospitalares; 2) fase qualitativa, observação direta sistemática, com registro em diário de campo. Participaram quatro equipes multiprofissionais com escores de clima de equipe e atenção centrada no paciente contrastantes, coordenadores e supervisores dessas equipes. A descrição e análise de cada fase possibilitou a integração dos resultados das duas fases. Resultados: Os participantes compreenderam profissionais se saúde, sendo técnicos em enfermagem (n= 69; 35,8%) e enfermeiros (n= 41; 21,2%). Com relação ao gênero, 139 (72,0%) eram do sexo feminino. As análises fatoriais exploratória e confirmatória revelaram ajuste satisfatório para o modelo estrutural de quatro fatores (CFI = 0,93; TLI = 0,92, RMSEA = 0,07), bem como consistência do modelo unidimensional estimado ( = 0,72; CC = 0,73; VME = 0,36). A confiabilidade foi confirmada com alfa de Cronbach e coeficientes de CC. Os indicadores de VME também revelaram índices adequados nas duas escalas. Os escores das equipes foram calculados e relacionados às médias dos quatro fatores sendo identificado os fatores mais e menos favorecidos. Os climas mais e menos favoráveis estão relacionados às equipes multiprofissionais, setores críticos, com perfis diferentes de atendimento. Na integração das duas fases: as equipes são similares em sua conformidade, equipes com clima mais favoráveis têm mais colaboração para uma ACP e apoio da gestão, com relações mais horizontais e decisões de trabalho compartilhadas. Conclusões: É necessário capacitar gestores e profissionais de saúde para o trabalho em equipe com atenção centrada no paciente e instrumentalizar o paciente com conhecimento que lhe possibilite participar do planejamento do seu cuidado, bem como saber avaliar a qualidade e segurança da assistência prestada nos serviços de saúde.