A integração da criança com paralisia cerebral na rede regular de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Trevisan, Eliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-10102024-115136/
Resumo: No presente estudo, temos como tema \"A integração da criança com paralisia cerebral na rede regular de ensino\", pautados pelos objetivos de construir o perfil clinico-epidemiológico e sócio-demográfico das crianças atendidas na Associação Santa Catarina de Reabilitação e de caracterizar os processos de integração escolar dessas crianças na rede regular de ensino da Grande Florianópolis. Por isso, foi realizado um estudo descritivo e comparativo das crianças portadoras de Paralisia Cerebral (PC) no período de janeiro de 1992 a dezembro de 1997, residentes na Grande Florianópolis, abrangendo características quantitativas e qualitativas. Como fonte de dados foram utilizados prontuários disponíveis na Associação Santa Catarina de Reabilitação, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, além de entrevistas com familiares das crianças. A Associação Santa Catarina de Reabilitação apresentou, para o período estudado noventa e sete prontuários, dos quais foram retirados dados de natureza quantitativa, obteve-se como resultado a predominância de PC associada à deficiência física numa proporção de 88%. A localização da seqüela motora se apresentou com 39% para diparesia, 32% para hemiparesia e 29% para quadriparesia, sendo considerado um grau leve para 71% e severo para 29%. As características sócio-demográficas se expressaram em 46% da população estudada oriundas de Florianópolis, 31% para a Grande Florianópolis e 23% às demais localidades. A renda familiar predominante foi de até 3 salários-mínimo sendo que 26% não apresentavam este dado em prontuário, as famílias, em sua maioria, compostas por 4 membros e encontramos 57% das crianças com PC freqüentando a Rede Regular de Ensino. Em relação aos dados de natureza qualitativa percebe-se que as famílias tem consciência da importância do trabalho de reabilitação para o desenvolvimento cognitivo e motor de seu filho. Uma parcela da população estudada, devido aos problemas familiares acaba por abandonar o tratamento de reabilitação, optando, por vezes, pelo atendimento alternativo. A Instituição de Reabilitação realiza um trabalho integrado com as escolas, procurando encaminhar todas as crianças a este setor. Em relação à integração, apesar de todas as dificuldades encontradas, parece estar se consolidando na medida do possível. Conclui-se que houve um avanço nas conquistas sociais desta parcela significativa da população porém ainda há muito o que conquistar para a efetiva integração.